'Sectários': presidente espanhol critica quem chama a Espanha de 'Estado repressivo'

© AP Photo / Paul WhiteO primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy (à esquerda) com o presidente da Generalitat catalã, Carles Puigdemont (centro), durante a primeira visita do último a Madri, em 20 de abril de 2016
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy (à esquerda) com o presidente da  Generalitat catalã, Carles Puigdemont (centro), durante a primeira visita do último a Madri, em 20 de abril de 2016 - Sputnik Brasil
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O Presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, acusou, nesta sexta-feira (13), de terem caído no "sectarismo" aqueles que acreditam que o tratamento dado pelo Estado aos responsáveis pelo processo de independência da Catalunha seja típico de um Estado repressivo.

"Ninguém pode pensar nisso, exceto pela conduta sectária da vida, para fazer essas afirmações", disse o presidente espanhol em uma entrevista coletiva.

Rajoy insistiu, diante das afirmações dos setores independentistas catalães — cuja cúpula está sendo processada por crimes de rebelião e insurreição, entre outros —, que "a Espanha é uma democracia, um Estado de Direito em que há total separação de poderes".

Nesse sentido, ele lamentou que o movimento de independência catalão tenha de "defender suas posições faltando com a verdade".

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Ao ser questionado pela imprensa, Rajoy evitou comentar sobre o trabalho do governo espanhol para neutralizar a mensagem do movimento de independência catalão na comunidade internacional.

Apesar do silêncio de Rajoy, é claro que o domínio da narativa diante da comunidade internacional é uma preocupação do governo, como evidenciam as reuniões realizadas na quarta-feira (11) com o secretário de Estado de Relações Exteriores, Jorge Toledo, com dezenas de embaixadores no governo. no exterior para preparar uma ação comunicativa conjunta.

O presidente espanhol fez estas declarações em uma aparição conjunta com o primeiro ministro dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, com quem tratou de assuntos de relações bilaterais entre ambos os partidos e ao pertencimento dos dois países a corpos comuns como a União Europeia ou OTAN.

Em sua aparição, Rasmussen evitou comentar sobre a situação na Catalunha e disse que esta é uma "questão interna da Espanha" que deve ser resolvida dentro da estrutura constitucional espanhola.

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