Caso Skripal: especialista revela por que mídia conta sobre 'laboratórios secretos russos'

© REUTERS / Peter NichollsEspecialistas britânicos investigando a área onde foi envenenado o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha
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As notícias da mídia britânica sobre "laboratórios russos secretos", onde supostamente foi produzido o agente nervoso para envenenar o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha, dão a Londres "espaço para manobras", opina especialista político russo.

Tal opinião foi expressa por Vladimir Olenchenko, especialista russo em assuntos políticos e membro do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais do Centro de Estudos Europeus, com sede em Moscou.

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Anteriormente, o jornal The Times escreveu que a inteligência britânica determinou a localização do laboratório russo onde alegadamente foi produzido o agente nervoso A-234 (também conhecido como "Novichok"), usado para envenenar o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia Skripal.

Segundo comunicam interlocutores do jornal, os especialistas conseguiram determinar a fonte de produção da substância "usando meios de análise científica e informações de inteligência".

"A publicação […] tem com objetivo perturbar o público e, de algum modo, dar às autoridades do Reino Unido a oportunidade de manter a reputação perante seus aliados", frisou.

"Portanto, opino que é um tipo de manobra alvejada para deixar o vapor sair pouco a pouco", sublinhou.

Ao mesmo tempo, Olenchenkov lembrou que previamente o chefe do centro de pesquisa militar da Grã-Bretanha em Porton Down, Gary Aitkenhead, declarou que os especialistas não conseguiram identificar a fonte precisa da substância usada para envenenar o ex-agente russo. Além disso, eles não determinaram que a Rússia foi a responsável pela produção da substância tóxica.

Ademais, ele destacou que "após a confirmação do centro de pesquisa militar da Grã-Bretanha em Porton Down, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido tirou sua mensagem oficial no Twitter onde afirma que o agente nervoso que envenenou Skripal alegadamente teria sido produzido na Rússia".

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No dia 4 de março, o ex-agente de inteligência russo Skripal, que também trabalhava para a inteligência britânica, foi encontrado inconsciente junto com sua filha em um banco de um shopping na cidade de Salisbury.

Especialistas britânicos acreditam que eles tenham sido atacados com o agente nervoso A-234 (também conhecido como "Novichok"). Os britânicos alegam que esta substância tóxica teria sido desenvolvida na União Soviética e colocam a culpa do ocorrido na Rússia. Moscou repetidamente rejeitou todas as acusações, qualificando-as infundadas.

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