O comandante das forças submarinas da OTAN, Andrew Lennon, denunciou que a atividade dos submersíveis russos perto da rede de cabos interoceânicos de telecomunicações aumentou consideravelmente nos últimos anos, até chegar ao ponto mais alto desde a Guerra Fria.
"Acreditamos que [submarinos russos] podem ser equipados com sistemas capazes de manipular objetos no fundo do oceano, o que é preocupante porque nossas nações dependem muito da Internet e das comunicações", disse Lennon.
Embora considere que a Rússia está "claramente interessada na infraestrutura submarina dos países da OTAN" e, em particular, nos canais de comunicação entre os EUA e a Europa, este almirante americano não afirmou que Moscou fez qualquer interferência nessas redes.
"Campanha de desinformação"
No entanto, essa publicação destaca que esta retórica sobre a suposta ameaça russa é parte da "campanha de desinformação" da OTAN, a fim de obter apoio popular para aumentar os gastos militares.
Na semana passada, o chefe das Forças Armadas do Reino Unido, Stuart Peach, declarou que as nações da aliança poderiam sofrer danos "catastróficos" se a Rússia atacasse a infraestrutura de telecomunicações submarinas.
"Essas declarações seguem o fio das horríveis histórias anti-russas, criadas para justificar a política agressiva da OTAN e o aumento do orçamento militar da aliança, [uma vez que] Peach deve saber perfeitamente que as comunicações entre os EUA e os países europeus dessa organização são feitos através de canais fechados por satélite, enquanto os produzidos por rotas submarinas são secundários", disse Igor Korotchenko, especialista em questões militares.
O perigo real não vem da Rússia
Por sua parte, o embaixador da Rússia na OTAN, Alexander Grushko, acusou o bloco transatlântico de forçar uma corrida armamentista.
"Esta não é a nossa escolha [de Moscou.] Estamos convencidos de que a verdadeira segurança da Europa só pode ser alcançada através de cooperação entre todas as partes”, pontuou.
No entanto, as redes de comunicações submarinas foram alvo das agências de inteligência britânicas. O jornal britânico The Guardian descobriu um escândalo de espionagem, que revelou que a sede das comunicações do governo do Reino Unido (GCHQ, por sua sigla em inglês) explorou por anos a rede de cabos de fibra óptica que liga os cinco continentes para extrair todos tipo de comunicação.
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