"Lembramos ao Sr. Assange que ele não tem motivos para interferir na política equatoriana porque seu status não o permite. Nem nos países que são nossos amigos. Ele não tem o direito de fazê-lo e ele se comprometeu a isso", disse Moreno a El Pais.
Assange, que vive na Embaixada do Equador em Londres durante os últimos cinco anos para evitar extradição, recebeu críticas pesadas de Madri depois de supostamente usar o Twitter para promover a ideia da independência da Catalunha, chamando as políticas do governo espanhol de "repressão".
Em setembro, o Ministério do Exterior do Equador e o presidente Lenin Moreno já tinham avisado Assange quanto a declarações "que poderiam afetar as relações internacionais do Equador" com a Espanha e outros países.
"Nós lhe demos o asilo, mas nós pedimos a ele de forma cordial para deixar de comentar a política do Equador e a dos países amigáveis porque seu status como candidato a asilo não o permite. Então ele está superando essa condição", disse Moreno à CNN.
Assange respondeu dizendo que "se o presidente Moreno quiser amordaçar minha denúncia de abusos de direitos humanos em Espanha, ele deveria dizer de forma explícita — juntamente com a base legal".