Equador proíbe Julian Assange de fazer comentários sobre o movimento separatista catalão

© REUTERS / Peter NichollspeWikiLeaks founder Julian Assange is seen on the balcony of the Ecuadorian Embassy in London, Britain, May 19, 2017
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O fundador da WikiLeaks recebeu críticas acentuadas das autoridades equatorianas e espanholas, depois de supostamente ter usado o Twitter para promover a ideia da independência da região da Espanha.

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As autoridades do Equador instaram o ativista australiano e fundador da plataforma WikiLeaks, Julian Assange, a abster-se de interferir na crise da Catalunha, disse o presidente do Equador, Lenin Moreno, em uma entrevista publicada neste domingo.

"Lembramos ao Sr. Assange que ele não tem motivos para interferir na política equatoriana porque seu status não o permite. Nem nos países que são nossos amigos. Ele não tem o direito de fazê-lo e ele se comprometeu a isso", disse Moreno a El Pais.

Assange, que vive na Embaixada do Equador em Londres durante os últimos cinco anos para evitar extradição, recebeu críticas pesadas de Madri depois de supostamente usar o Twitter para promover a ideia da independência da Catalunha, chamando as políticas do governo espanhol de "repressão".

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Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores espanhol, Alfonso Dastis, argumentou que Assange estava "tentando interferir" na situação em torno da Catalunha e "manipulá-lo". A declaração veio depois de um encontro entre o fundador da WikiLeaks e um proeminente catalão de independência do mês passado.

Em setembro, o Ministério do Exterior do Equador e o presidente Lenin Moreno já tinham avisado Assange quanto a declarações "que poderiam afetar as relações internacionais do Equador" com a Espanha e outros países.

"Nós lhe demos o asilo, mas nós pedimos a ele de forma cordial para deixar de comentar a política do Equador e a dos países amigáveis ​​porque seu status como candidato a asilo não o permite. Então ele está superando essa condição", disse Moreno à CNN.

Assange respondeu dizendo que "se o presidente Moreno quiser amordaçar minha denúncia de abusos de direitos humanos em Espanha, ele deveria dizer de forma explícita — juntamente com a base legal".

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