Plano B: se não for aceito na UE, Kosovo pode se juntar à Albânia

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensBandeiras da Albânia em Pristina, capital do Kosovo
Bandeiras da Albânia em Pristina, capital do Kosovo - Sputnik Brasil
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Se não conseguir o esperado reconhecimento internacional até fevereiro do ano que vem, quando será celebrado o décimo aniversário de sua autoproclamada independência, o Kosovo deverá realizar um referendo sobre uma possível unificação com a Albânia, segundo afirmou uma fonte local à Sputnik Sérvia em Pristina.

Bandeira de Kosovo - Sputnik Brasil
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Com fortes laços políticos, administrativos, étnicos, religiosos e culturais, Kosovo e Albânia vivem sob a ideia de uma possível unificação desde a época da Iugoslávia, mas a hipótese vem ganhando mais força desde 2008, quando a Província Autônoma de Kosovo e Metohija anunciou sua separação da Sérvia. Dada essa proximidade, o primeiro-ministro kosovar, Ramush Haradinaj, decidiu declarar o dia 28 de novembro, em que a Albânia comemora sua autonomia do Império Otomano, feriado nacional no Kosovo, enquanto o presidente Hashim Thaci chegou a declarar em discurso que "as fronteiras do Kosovo com a Albânia deveriam ser abertas, seguindo o exemplo da União Europeia". 

De acordo com uma fonte anônima ouvida pelo Sputnik Sérvia, "tal sincronização de esforços não é tão ingênua quanto possa parecer à primeira vista", uma vez que, embora tenham se passado dez anos da declaração unilateral de independência, o Kosovo ainda está longe de ser reconhecido internacionalmente como um Estado soberano. 

"Os líderes kosovares devem oferecer alguma coisa a seus cidadãos. Então, eles, obviamente, estão mudando para um plano B: 'se não nos aceitarem na UE, então mudaremos para a Albânia'. Em outras palavras, se nada mudar, eles vão reviver a antiga ameaça e realizar um referendo sobre a integração à Albânia", disse a fonte. 

As autoridades em Pristina, para o entrevistado, estão tentando restaurar o orgulho nacional em seus cidadãos para conseguir melhorar suas taxas de aprovação. 

"É sabido que, para a Europa, o fator Albânia é um pesadelo, já que afeta simultaneamente cinco países dos Bálcãs [além dos citados, também Montenegro e Macedônia]. Os albaneses estão cientes disso, e essa consciência os deixa mais fortes. E se acrescentarmos o apoio dos EUA e também da Turquia, o que mais podemos esperar?", explicou.

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