Madri: líder independentista catalão pode ser condenado a 30 anos de prisão por rebelião

© REUTERS / Ivan AlvaradoCarles Puigdemont, líder catalão, durante um evento memorial junto ao túmulo do ex-presidente da Generalitat, Lluís Companys em Barcelona (foto de arquivo)
Carles Puigdemont, líder catalão, durante um evento memorial junto ao túmulo do ex-presidente da Generalitat, Lluís Companys em Barcelona (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A mídia informa que o procurador-geral espanhol está preparando a acusação por rebelião contra o presidente catalão deposto, Carles Puigdemont por sua participação da declaração unilateral de independência. Contudo, o ministro das Relações Exteriores da Espanha disse que "teoricamente" Puigdemont pode participar das próximas eleições regionais.

De acordo com a legislação da Espanha, a rebelião é qualificada como um crime punível com até 30 anos de prisão. As acusações podem ser apresentadas a Puigdemont a partir desta segunda-feira (30), o primeiro dia útil depois de Madri ter introduzido a administração central direta na Catalunha.

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O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, demitiu Puigdemont e seu governo e anunciou a realização de eleições regionais em 21 de dezembro. 

Puigdemont afirmou que não reconhece a ordem de seu afastamento do poder. Ele apelou a fazer "oposição democrática" ao governo espanhol. De acordo com o BBC, caso Puigdemont seja preso, isto poderia provocar fortes protestos.

Entretanto, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, Alfonso Dastis, afirmou que o líder catalão pode "teoricamente" participar das eleições se não for preso antes da votação. 

"Eu não sei o que juridicamente pode acontecer entre hoje e 21 de dezembro. Caso ele [Puigdemont] não seja preso até essa data, eu acho que ele pode ser considerado elegível", disse Dastis.

Enquanto isso, nesta segunda-feira (30), Puigdemont postou em sua conta do Instagram uma foto da vista a partir da Generalidade, fazendo com que seus seguidores tentem adivinhar se hoje ele compareceu ao trabalho ou não.

Bon dia 😊

Публикация от Carles Puigdemont (@carlespuigdemont) Окт 29 2017 в 11:39 PDT

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​Na sexta-feira (27), o Parlamento da Catalunha declarou unilateralmente sua independência da Espanha por meio de votação secreta. Madri respondeu aplicando o artigo 155 da Constituição. Com base neste artigo, o Senado espanhol introduziu a administração direta na Catalunha, o que significa a dissolução do Parlamento e da Generalidade catalães. 

O referendo controverso sobre a independência foi realizado na Catalunha em 1º de outubro. De acordo com os dados oficiais locais, apenas 2,26 milhões dos 7,5 milhões de habitantes da região participaram da votação. Contudo, mais de 90% dos que votaram se expressaram a favor da independência. Por sua vez, Madri qualificou o referendo como ilegal. 

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