'Vovó nazista' pega 6 meses de prisão por negar o Holocausto... de novo

© REUTERS / Paul Zinken/PoolUrsula Haverbeck durante um julgamento em Berlim, na Alemanha
Ursula Haverbeck durante um julgamento em Berlim, na Alemanha - Sputnik Brasil
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Um tribunal alemão considerou Ursula Haverbeck, também conhecida como "vovó nazista", culpada por incitar o ódio ao dizer que o Holocausto é ficção e que não havia câmaras de gás no campo de concentração de Auschwitz. A octogenária recebeu uma pena de prisão de seis meses.

Haverbeck, uma pessoa notoriamente conhecida por negar os assassinatos em massa de judeus durante o Holocausto, já havia recebido uma pena, desta vez por reivindicar em um evento em Berlim, em janeiro do ano passado, que o Holocausto não aconteceu e ninguém foi morto na câmara de gás no infame campo da morte em Auschwitz, que ceifou vidas de 1,1 milhão de pessoas entre 1940 e 1945, principalmente judeus.

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A "vovó nazista", que se declarou inocente, alegou que estava citando um livro quando falava no evento na capital alemã. No entanto, ao estudar uma filmagem de meio-minuto, o tribunal determinou que "era seu próprio discurso" e a considerou culpada. O argumento de seu advogado, de que a perseguição contra ela viola o direito de Haverbeck à liberdade de expressão, não conseguiu obter o apoio do juiz. Além disso, durante o julgamento, a acusada repetiu a declaração, segundo a revista Der Spiegel.

Autora de artigos para revistas neonazistas, Haverbeck nunca mediu suas palavras ao expressar suas crenças mais controversas, não importando as consequências.

No mês que vem, ela deve ser julgada em casos similares na cidade de Detmold, onde ela está apelando a sentença de prisão de oito meses que o tribunal lhe aplicou em setembro passado. As acusações giram em torno de sua carta ao prefeito de Detmold, em que ela insistiu que Auschwitz era um campo de trabalho simples. A carta foi enviada na mesma época do julgamento de uma ex-guarda SS no campo de extermínio de Auschwitz, Reinhold Hanning, também em Detmold. O tribunal finalmente condenou Hanning a cinco anos atrás das grades "pelo assassinato em 170 mil casos".

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Em agosto, Haverbeck perdeu uma apelação no tribunal distrital de Verden, na Baixa Saxônia, o que aumentou seu período de prisão de 10 meses a dois anos sem liberdade condicional. O tribunal considerou-a culpada de incitar a negação do Holocausto.

De acordo com a lei alemã, a incitação ao ódio constitui não só incentivar o ódio ou a violência a um grupo particular de pessoas, mas também aprovar, negar ou minimizar os crimes nazistas. Os condenados pelo tribunal enfrentam até cinco anos de prisão. No entanto, Haverbeck ainda não serviu a sua pena na prisão, já que as decisões em seus casos ainda estão pendentes.

Haverbeck também recebeu duas multas e uma sentença suspensa por desordem.

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