Paris estaria planejando ajudar oposição venezuelana a derrubar Maduro?

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Na segunda-feira (4), o presidente francês Emmanuel Macrone se encontrou com os oponentes venezuelanos Julio Borges e Freddy Guevara. O especialista em assuntos latino-americanos, Christophe Ventura, falou sobre o novo rumo diplomático francês em relação à Venezuela.

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Referindo-se ao regime de Nicolás Maduro como "ditadura que está tentando sobreviver", Emmanuel Macron recebeu na segunda-feira Julio Borges e Freddy Guevara, presidente e vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e oponentes de Maduro. O presidente francês planeja apoiá-los durante a crise, que está atravessando o país. 

Macron disse que "devido à ausência da reação positiva do governo, a França está disposta a adotar medidas a nível europeu em relação às pessoas responsáveis pela situação".

O especialista em assuntos latino-americanos do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS), Christophe Ventura, falou para a Sputnik França que o governo francês estaria tentando ajudar a oposição venezuelana a derrubar Maduro.

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Segundo ele, Paris não tem oportunidade de fornecer apoio material à oposição venezuelana. Mais do que isso, tais ações seriam contrárias às afirmações anteriores da França sobre exercer papel de mediador no diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela.

"Ela [a França] estava seguindo essa linha até começar a falar como a oposição venezuelana, passando a considerar a Venezuela como ditadura. Deste ponto de vista, a França perde a oportunidade de desempenhar um papel construtivo no diálogo e na busca da única solução política preferível", opinou o especialista.

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Ao responder a pergunta por que a França decidiu apoiar o líder do parlamento Julio Borges, Ventura frisou que "isso confirma o novo rumo diplomático da França […] A visita de Borges constata a posição da França na crise venezuelana".

Para Christophe Ventura, o parlamento venezuelano participou no processo de tomada de decisão quanto à mudança de regime, criando obstáculos para algumas medidas econômicas que deveriam ter sido tomadas pelo governo.

"Até hoje não se pode dizer que o parlamento tentou resolver questões ligadas à vida cotidiana dos venezuelanos", destacou, acrescentando que "no momento em que o país se encontra em uma nova etapa instável diante das eleições regionais, o parlamento estaria mais preocupado em atuar no processo de comunicação política, ao invés de exercer a lei".

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