“Não devemos aceitar lições e ainda menos ameaças, como as que ouvimos dos nossos vizinhos nos últimos dias. Estamos cumprindo nosso dever e esperamos que a Europa inteira faça o mesmo ao lado de Itália”, declarou Gentiloni.
As declarações do premiê surgem após a Áustria indicar o envio de tropas militares à fronteira entre os dois países, aberta em parte em razão do Tratado de Schengen que permite a livre circulação entre membros da União Europeia (UE).
Segundo Viena, a meta da medida seria barrar a entrada de imigrantes no território austríaco, sobretudo após o número de refugiados ter ultrapassado os 100 mil neste ano. Segundo a Organização Internacional da ONU para Imigração, 2.360 pessoas morreram tentando chegar à Europa em 2017.
Outros países, como a Eslováquia, a República Tcheca, a Polônia e a Hungria também expressaram preocupação com a crise migratória que atinge o Velho Continente.
A Itália recebe parte da crítica em razão de que é pela sua costa que 85% dos refugiados – em sua maioria africanos que cruzam o Mediterrâneo saídos da Líbia – chegam ao continente europeu. Roma pediu ajuda a outros países da UE, e húngaros, poloneses e tchecos se negaram a cooperar para receber tal contigente de imigrantes.
“Missões de resgate no Mediterrâneo não podem ser vistas como um bilhete de entrada para a Europa central”, afirmou o ministro de Relações Exteriores da Áustria, Sebastian Kurz. A Itália pediu explicações ao embaixador austríaco no país, em um debate que parece longe do fim.
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