"Não podemos e não deixaremos esses países-membros com uma fronteira própria. E quando o assunto é realocação, deixe-me ser claro, a implementação das decisões do Conselho [Europeu] é uma obrigação legal, e não uma escolha", afirmou o Comissário para Migração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos.
Bruxelas afirma que os três países não estão fazendo sua parte para cumprir um acordo que o bloco assinou em 2015 e que previa o acolhimento de 160 mil refugiados. Até o momento, menos de 21 mil pessoas foram acolhidas. À época, República Tcheca, Hungria, Romênia e Eslováquia votaram contra o plano, mas foram minoria.A diretora do Instituto de Reintegração do Refugiado, Carla Mustafi, afirma que existe um certo "nacionalismo" e "xenofobia" em algumas regiões da Europa. Para ela, os refugiados são pessoas que sofrem perseguições, "é uma questão de sobrevivência", diz.
"Desde 2015, quando a questão migratória e dos refugiados ganhou maior visibilidade, temos percebido que alguns países, principalmente do Leste Europeu, fecharam as suas fronteiras e de certa forma tentaram evitar o fluxo dessas pessoas. Sabemos que o fluxo inicial era de pessoas que chegavam até a Grécia e seguiam a pé ou por meios terrestres pelos Bálcãs até chegar na fronteira com a Alemanha, então elas passavam por esses países do Leste Europeu que têm uma política restritiva", afirma Carla.
Hungria, Polônia e República Tcheca foram avisadas que Bruxelas espera uma mudança de postura dentro de 24 horas.
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