O jornal desmente no seu Facebook que estava comparando a votação a favor de Hitler com o referendo na Turquia, mas de fato foi mesmo isto o que eles escreveram: "Quase dois terços dos eleitores turcos na Alemanha votaram a favor do plano de Erdogan, apesar do fato de ele ameaçar restringir ainda mais a democracia na pátria deles. De certo modo isto é semelhante às eleições do ano de 1935."
"Muitos eleitores turcos na Alemanha votaram a favor de Erdogan. É uma situação que de certo modo isso é semelhante a umas eleições em 1935."
"Que comparação é esta? Parece que vocês não têm conserto…", escreveu um usuário do Facebook.
O artigo em questão do Die Welt fala das eleições na República da Tchecoslováquia em 19 de maio de 1935. Naquela altura, 68% dos alemães dos Sudetos votaram a favor de um partido que de fato era uma filial do partido nazista, apesar do fato de a República da Tchecoslováquia ser um estado democrático, onde "existiam várias fontes de mídia, tribunais independentes e oposição". "Do outro lado da fronteira, na Alemanha, tudo isso já não existia" e os alemães dos Sudetos que tinham direito de voto sabiam tudo isso.Os autores do artigo comparam os acontecimentos do passado e dos nossos tempos, usando métodos refinados de narrativa, e nem sempre é claro se se trata das eleições de 1935 ou do último referendo na Turquia. Parece que este fim era perseguido desde o início. Por isso a maioria dos usuários do Facebook começou se indignando:
"Quem tem outra opinião é logo comparado com Hitler."
"Pois, como sempre, se alguém pensa de maneira não ocidental, e não está de acordo com os EUA, OTAN ou UE, é logo chamado de ditador e comparado com Adolf. Como sempre."
"Parece um jardim de infância – você escolhe algo que não fica bem pra mim e se torna um inimigo da democracia! Basta de mentir, isso cansa", escreveu outra usuária.
Devemos mencionar que existem outros – os que consideram esta comparação como oportuna."Lamentavelmente, a história é frequentemente ignorada, mas se nos orientarmos nela, podemos ver certos paralelos. O recente desenvolvimento da situação, não só na Turquia, cria preocupações", escreveu uma usuária.
"As pessoas não tiram nenhuma lição do passado. Devemos dar à Turquia uma possibilidade de fazer o que ela quer. Dentro de dois anos, esse país será parecido o nosso em 1936. Terá prisioneiros, inimigos políticos, pessoas com medo de abrir a boca, enquanto o país vai estar em ruínas e cinzas", escreveu outro comentador da Alemanha.
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