Cientista político: Kiev escondeu planos terríveis que tinha para a Crimeia

© REUTERS / Gleb GaranichMilitares ucranianos (foto de arquivo)
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Estado-Maior General da Ucrânia contou sobre os planos para uma operação de desembarque na Crimeia em 2014. De acordo com o cientista político russo Aleksandr Dudchak, hoje em dia, muitos na Ucrânia gostariam de reescrever a história.

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As autoridades ucranianas consideraram a possibilidade de realizar uma operação de desembarque na Crimeia com o objetivo de minar o referendo para a reunificação da península com a Rússia, declarou o chefe do Estado-Maior General ucraniano, general Viktor Muzhenko, à Ukrainskaya Pravda.

De acordo com o general, em 1 de março, ele e o vice-chefe do comando operacional, Viktor Nazarov, apresentaram uma "variante de reação aos acontecimentos na Crimeia".

"Estava previsto realizar uma operação: desembarcar na península e ocupar os aeródromos da Crimeia, reforçar nosso grupo de tropas e fazer as manobras adequadas", declarou Muzhenko.

Ele acrescentou que os planos também previam a ocupação do istmo entre a Crimeia e península de Kerch. Os fuzileiros navais deveriam se juntar à operação. Como afirma o chefe do estado-maior, a operação já estava prestes a começar, mas o Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia bloqueou a iniciativa.

De acordo com Dudchak, muita gente na Ucrânia gostaria de reescrever a história.

"Agora todos tentam provar que eram 'santinhos'. Alguns dizem que queriam salvar a Crimeia, outros tentam avaliar se a decisão foi tomada corretamente. Mas todos afirmam que sua decisão foi a única correta para o momento. É uma tentativa para dividir a influenciar a população, de ganhar pontos e subir no ranking", disse Dudchak ao Serviço Russo da Rádio Sputnik.

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De acordo com o cientista político, os autores se esquecem sobre o que levou ao referendo na Crimeia. Tudo aconteceu na sequência do golpe de Estado na Ucrânia e de os moradores da Crimeia estarem preocupados com suas vidas, afirma Aleksandr Dudchak.

Ele aponta que Kiev já não desmente os seus planos anteriores, porque perdeu toda a coordenação no tempo e espaço. Eles dizem que planejavam sequestrar o presidente, desembarcar na Crimeia, que eles não queriam saber da opinião da população, e também ninguém tentou encontrar uma solução pacifica.

"Mas eles não revelam toda a verdade. Por exemplo, eles não dizem que os americanos já estavam de olho na Crimeia e já sabiam onde ficaria baseado o comando da frota americana na Crimeia. Naquele momento já não se tratava apenas de uma base estrangeira em território ucraniano, mas se tratava de retirar a base russa e colocar uma americana", sublinhou o cientista político.

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