Opinião: Kiev reiniciará o bloqueio e bombardeios de Donbass

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Moradora da região de Donbass - Sputnik Brasil
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A próxima rodada de negociações sobre a resolução da situação em Donbass terminou com a tentativa das partes de alcançar uma trégua durante o período da Páscoa.

No final da reunião do grupo de contato em Minsk, o representante plenipotenciário da Rússia no grupo, Boris Gryzlov, disse que foi acordado um cessar-fogo a partir de 1 de abril devido ao período de Páscoa.

O cientista político Bogdan Bezpalko, do Conselho de Relações Internacionais junto da Presidência da Rússia, expressou dúvidas, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, de que o lado ucraniano venha a cumprir o acordo alcançado na véspera.

"A experiência dos últimos três anos mostra que o lado ucraniano faz acordos mas não os cumpre, e, ultimamente, até nem sequer finge que quer ou pretende cumpri-los. A parte ucraniana não pretende demonstrar nenhum apego aos acordos de Minsk. Por isso, é claro que pedimos o processo de negociação, o trabalho do grupo de contacto, mas não tenho a certeza que os acordos alcançados sejam respeitados pelo lado ucraniano", disse ele.

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Ele também não descartou a possibilidade de que os bombardeios de Donbass sejam reiniciados imediatamente após Kiev receber a próxima tranche do Fundo Monetário Internacional (FMI). Sabe-se que a questão da alocação para a Ucrânia de 1 bilhão de dólares (cerca de 3 bilhões de reais) poderá ser discutida pelo conselho dos diretores do FMI em 3 de abril.

"O lado americano poderia desempenhar um papel importante, se, no momento da reunião planejada com [o presidente da Ucrânia Pyotr] Poroshenko [o presidente dos EUA] Donald Trump definisse rigorosamente as condições para cumprir os acordos, concluídos em 29 de março, isso, certamente, teria efeito. Mas acontece que os americanos estão agora afastados dos problemas ucranianos. Por isso, é pouco provável que Trump faça pressão sobre Poroshenko", concluiu o analista.

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