Em uma entrevista à Sputnik Itália, ele comenta como se realiza o recrutamento de hackers para as Forças Armadas italianas.
"Considero justificado o recrutamento de hackers e o aumento de interesse pelas redes informáticas, porque vivemos numa época não apenas de conflitos militares, mas também passamos por uma confrontação econômica e cultural, que a cada dia se desloca mais para o espaço cibernético, onde devemos aprender a combater", diz Mario Caligiuri.
Ele acredita que a atividade dos serviços secretos tem que ser estudada nas universidades, como é feito nos outros países. Isto, de acordo com o professor, ajudará a avaliar a situação de modo adequado. A inteligência ajuda a acompanhar o verdadeiro quadro informativo do dia, quando todo mundo está mergulhado em desinformação e notícias falsas que escondem a realidade, acredita Mario Caligiuri.
"Todas as batalhas hoje se realizam no ciberespaço, o próprio formato da guerra mudou, e os governos de todos os países têm de se lembrar disso, a segurança cibernética deve se tornar prioritária", opina o professor italiano.No entanto, ele frisa que a Itália neste sentido é um país bastante atrasado, pois os italianos sempre foram adversários da Internet, especialmente os editores de jornais.
"A informação não pode ser controlada. No que toca à luta contra notícias falsas, do meu ponto de vista, a solução não é a proibição destas notícias, porque não funcionará, mas o aumento do nível de segurança da população. As pessoas têm que aprender a ter uma visão crítica e diferenciar as informações…", afirma o professor Caligiuri.
Ele destaca que o formato da inteligência mudou: antes ninguém sabia nada sobre espionagem, mas hoje em dia os serviços secretos lutam abertamente contra a criminalidade organizada e o terrorismo. Tal desenvolvimento, que nem se podia imaginar 10 anos atrás, agora leva a mudanças na cultura da informação: "Estamos nos movendo em direção à previsão do futuro", conclui o professor Caligiuri.
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