Opinião: senadores americanos instigam Ucrânia a não parar a guerra

John McCain e Lindsey Graham insistem que a Ucrânia continue a luta e instigam a violência, afirma observador da edição The Nation.

De acordo com o jornalista, as declarações dos senadores americanos são uma incitação para que a Ucrânia viole os Acordos de Minsk.

Ele traça paralelos entre dois acontecimentos: a ofensiva de Kiev contra as forças das milícias e a visita de Graham e McCain à Ucrânia pouco tempo antes do agravamento no Leste da Ucrânia.

Eles visitaram a linha da frente e se dirigiram aos soldados ucranianos. "A vossa luta — é a nossa luta, 2017 será o ano da ofensiva", disse Graham.

"Estou seguro que vocês vencerão. Tenho certeza que vocês vencerão e nós vamos fazer todo o possível para vos fornecer tudo o que for necessário para a vitória", acrescentou McCain.

"Acredito que cada um se pode interrogar se antes já foram registrados casos parecidos de tanta incitação à violência por parte de senadores americanos em função", sublinha James Carden, autor do artigo.

No entanto, os representantes dos EUA vão treinar até 2020 cinco batalhões por ano no chamado centro de treinamento multifuncional na região da cidade de Lvov.

O autor do artigo no The Nation considera isto como instalação de fato de uma base militar norte-americana permanente em território ucraniano. Mas a mídia não menciona este fato e o Congresso norte-americano não realiza nenhuma investigação, se indigna o autor.