'Nem os ucranianos necessitam da OTAN, nem a Aliança necessita da Ucrânia'

© Sputnik / Mikhail Palinchak / Acessar o banco de imagensReunião do presidente da Ucrânia Poroshenko com o Secretário Geral da OTAN Stoltenberg
Reunião do presidente da Ucrânia Poroshenko com o Secretário Geral da OTAN Stoltenberg - Sputnik Brasil
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O presidente da Ucrânia, Pyotr Poroshenko, afirmou que está disposto a convocar um referendo em relação à adesão do país à OTAN. Entretanto, a Aliança Atlântica não considera que a Ucrânia possa entrar na organização nos próximos anos. O ex-diplomata tcheco Kiri Bata comentou à Sputnik as aspirações atlânticas de Kiev.

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"Os representantes da OTAN têm uma postura sóbria e também cética quanto à possível adesão da Ucrânia à Aliança, e enviam uma mensagem clara ao país", assegurou o entrevistado.

Kiri Bata reconheceu que o presidente Poroshenko tem numerosos adeptos que o apoiam no seu desejo de organizar um plebiscito. Por outro lodo, se o referendo for realizado, a maioria dos cidadãos "votaria contra o ingresso do país na OTAN", considerou.

O diplomata o explicou esta diferença pelo fato de os ucranianos e do seu presidente "terem diferentes problemas".

"Acredito que a ideia de realizar um referendo é irracional. Somente 30% dos ucranianos consideram a OTAN como uma organização defensora. São pessoas que têm a possibilidade de viver dignamente na situação geopolítica atual", observou.

O resto da população ucraniana vive em condições que "não lhes permitem pensar em coisas que vão além dos seus problemas diários", assegurou o analista.

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Kiri Bata resumiu que a Aliança Atlântica carece de sentido, de missão e de confiança já há muito tempo. Na sequência disso, a questão atual seria "não uma possível ampliação, mas [antes de tudo] a sua dissolução ou reorganização, para além da mudança nas suas prioridades", prosseguiu.

"As atividades da OTAN na Europa vão muito além da defesa: em vez de contribuir à segurança, a Aliança cria condições para uma confrontação militar com a Rússia, o que é inaceitável", concluiu o ex-diplomata.

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