Holger Geissler, o diretor da empresa das pesquisas científicas YouGov, não está surpreendido com este resultado. Os alemães tradicionalmente são muito céticos quando se trata de participação da Alemanha em guerras ou do início de operações militares no seu território.
O resultado também corresponde às conclusões da YouGov resultantes das pesquisas dos últimos anos.
"Nós últimos anos nós temos realizado vários inquéritos sobre a participação do Bundeswehr (Forças Armadas da Alemanha) em ações de combate ao nível internacional. E eles são, de qualquer modo, comparáveis uns aos outros. Trata-se também de participação da Alemanha ou das Forças Armadas alemãs em operações de combate de outros países. O resultado do último inquérito ligado à utilização da base aérea de Ramstein tornou-se muito elucidativo. Os alemães são muito reservados quando se trata do envolvimento do seu país em ações militares. Os residentes da Alemanha demonstram, no decurso dos inquéritos, uma atitude completamente negativa em relação a uma guerra, são muito pacíficos", revela Geissler em entrevista ao correspondente da Sputnik Alemanha, Ilona Pfeffer.
Tal atitude pacifista, por um lado, é explicada pelo peso da Segunda Guerra Mundial na Alemanha. Demais, Geissler tem sua própria opinião sobre esse assunto:
"Primeiramente podemos supor que o governo do país em particular e os políticos em geral prestam grande atenção à realização de diferentes inquéritos, não somente nossos, mas também os de outras empresas que estudam o mercado e a opinião pública. É certo que mesmo no governo há funcionários que realizam suas próprias investigações regularmente, verificando opinião da população em relação a diferentes assuntos. No entanto, há outra questão: será que tudo isso é bastante transparente? O que está sendo discutido e o que não está? Existem discordâncias entre os desejos dos cidadãos alemães e, por outro lado, as suas ações. Quanto a alguns aspectos, isso é correto, pois o governo tem outra posição, tem outra visão de muitas coisas. Podemos dizer que o governo irá evitar uma discussão ampla dessa questão".
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