A "euforia inicial", que muitos sentiam depois dos acontecimentos de 2014, já passou e se transformou em desapontamento, destaca David Stern, autor de um artigo publicado no Politico. Ele se encontrou com ucranianos descontentes com suas próprias autoridades e com a política de Bruxelas.
Em primeiro lugar, as desilusões estão relacionadas com o regime de isenção de vistos que a Ucrânia ainda não obteve.
Os representantes de Bruxelas prometeram resolver o assunto em 2017, mas muitos, inclusive Ekaterina, não acreditam nisso.
"Eu sei que este assunto é difícil, mas se me perguntarem, eu respondo: nós nunca receberemos o regime sem vistos", declarou Ekaterina.
Politico sublinha que 2016 foi o ano "de muitos desapontamentos" para os ucranianos e os vistos não são o maior problema.
Em abril, por exemplo, os holandeses fizeram uma "surpresa desagradável" aos ucranianos votando contra a ratificação do acordo de associação entre a União Europeia e a Ucrânia. No final, a liderança da UE conseguiu negociar com o premiê holandês, Mark Rutte, mas com muitas condicionantes. Agora os Países Baixos devem votar a nova versão do acordo, mas para os ucranianos, como muitos acreditam, isso será mais uma "nota de incerteza".Mas o povo ucraniano também se sente enganado pelo seu próprio governo. Os ucranianos acreditam que Bruxelas demonstraria mais entusiasmo se Kiev cumprisse suas obrigações em relação às leis contra corrupção. Mas a publicação de documentos que revelam os lucros dos funcionários do governo ucraniano mostra que nada foi feito. Os documentos comprovaram elevados patrimônios de funcionários que nunca trabalharam fora do governo.
"Infelizmente, a União Europeia não está preparada para nos acolher como país membro e nós, por nossa parte, não estamos prontos para aderir a ela. Não devemos bater à porta fechada de um lugar para onde não fomos convidados", diz o oposicionista ucraniano Andrei Artemenko.
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