Em primeira mão: Migrantes criam sua cidade dentro de Paris

© REUTERS / Regis DuvignauImigrantes na cidade de Calais, no norte da França.
Imigrantes na cidade de Calais, no norte da França. - Sputnik Brasil
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Jornalista francês partilha com a Sputnik dados sobre a situação atual com migrantes na capital da França após ser atacado por três afegãos.

Na tarde de quarta-feira (2), o jornalista Rémy Buisine se tornou vítima de ataque após um protesto de migrantes.  Três homens afegãos o atacaram muito rapidamente, todo o ataque durou cerca de 30 segundos. O policial que mais tarde registrou o caso do jornalista disse que dezenas de ataques semelhantes acontecem diariamente.

"Existe tensão, às vezes entre diásporas, às vezes acontecem brigas na noite, mas não há brigas constantes. Mas há uma tensão permanente. Em um espaço muito pequeno estão concentrados milhares de pessoas. <…> Em pleno centro de Paris surgiu uma cidade dentro da cidade," sublinhou o jornalista.

Na conversa com a Sputnik Buisine destacou também que a cidade está sendo dividida entre diferentes grupos étnicos: os afegãos estão ocupando a área perto do cais de Jemmapes, os sudaneses — perto de avenida de Flandre e os migrantes da Eritreia estão localizados perto da estação de metrô Stalingrad.

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"O que não deixa dúvidas é o fato que os migrantes chegaram de Calais [embora o governo declare o contrário]. Vários migrantes me disseram que eles vieram de carro de Calais," contou o jornalista.

O campo foi desmantelado recentemente, não obstante o fato de ter hospedado cerca de 10 mil habitantes.

Durante o tempo de sua existência, o campo, às vezes apelidado de “Selva”, se tornou famoso pela ocorrência de vários crimes violentos, muitos dos quais incluíram agressões sexuais.

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