Itália também está em guerra com Rússia?

© AFP 2023 / MARCELLO PATERNOSTROInauguração dos exercícios Trident Juncture em Trapani, na Itália
Inauguração dos exercícios Trident Juncture em Trapani, na Itália - Sputnik Brasil
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Não é brincadeira nem uma piada. A Itália deslocará suas forças para junto das fronteiras russas, embora isso seja ridículo.

Além disso, em 2018 a Itália será o país encarregado das forças de reação rápida da OTAN no Báltico.

Militares italianos na abertura de exercícios militares de larga escala da OTAN, base aérea de Trapani, Sicília - Sputnik Brasil
Itália está nas mãos da OTAN?
Anteriormente, em julho, durante a cúpula da Aliança Atlântica em Varsóvia foi tomada a decisão que a Itália enviaria para a Letônia 140 efetivos. Mas a notícia só apareceu agora, informou a ministra da Defesa italiana Roberta Pinotti, e os italianos souberam disso a partir do secretário-geral da OTAN Jens Stoltenberg e não do seu próprio governo.

A Sputnik Itália entrevistou Mirko Molteni, especialista italiano em questões militares e colunista das edições Analisi Difesa e Libero.

Ele revelou que o "governo italiano não disse nada durante três meses, mas afinal pediu ao secretário-geral da OTAN para anunciar essa notícia por ocasião dos 50 anos do Colégio de Defesa da OTAN em Roma".

"Será que a Itália declarou guerra à Rússia?", indaga.

Embora a Itália tenha anunciado várias vezes que pretendia manter o diálogo com a Rússia, a realidade é outra – a Itália obedece à OTAN.

Roma, Itália - Sputnik Brasil
Itália é laboratório militar de EUA e OTAN
A decisão de colocar forças italianas junto às fronteiras russas poderá prejudicar as relações entre a Rússia e a Itália que têm sido caracterizadas pela amizade, acha o especialista.

"Provavelmente, a OTAN está tentando exortar a Itália a posicionar suas forças nos Países Bálticos", sugere Molteni.

Por que o primeiro-ministro da Itália não submeteu este assunto à discussão no parlamento?

Ao mesmo tempo, há quem diga que as relações entre a Rússia e a Aliança Atlântica vão depender das eleições presidenciais nos EUA.

"Não é por acaso que as visitas dos políticos e empresários italianos à Rússia é uma prática que está continuando", conclui Molteni.

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