Roettgen expressou a certeza, em entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung, de que Moscou deve ser responsabilizada pelos acontecimentos na Síria.
“A ausência de consequências e sanções em resposta aos crimes de guerra gravíssimos seria um escândalo”, disse o deputado da União Cristã-Democrata (CDU, na sigla em alemão).
Além disso, Roettgen criticou duramente outros governos europeus que “não desejam chamar as coisas pelos seus nomes” e não tomam medidas necessárias em relação à Rússia.
Entretanto o responsável do governo alemão para a cooperação entre a Alemanha e a Rússia, Gernot Erler, disse, em entrevista ao portal de notícias do canal televisivo ZDFheute.de, que já tem as primeiras reflexões sobre o tema.
O chanceler russo Sergei Lavrov comentando o assunto de possíveis sanções contra a Rússia por causa da Síria manifestou a esperança de que vença o bom senso e não as tentativas de acusar Moscou de todos os pecados. O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov disse que o Kremlin não vê razões para introdução de restrições porque a Rússia é o único Estado cujas Forças Armadas estão na Síria em condições legítimas.
Segundo os acordos, Kiev devia até o fim de 2015 realizar uma reforma constitucional que, entre outros aspetos, previa um estatuto especial para algumas áreas (controladas pelas milícias) das regiões de Donetsk e de Lugansk. Porém, as autoridades ucranianas não cumpriram esta parte do documento. O Kremlin considera a ligação entre as sanções e o cumprimento dos acordos de Minsk como absurda, uma vez que a Rússia não faz parte do conflito e não é sujeito dos acordos sobre a regularização da situação na Ucrânia.