Parlamento alemão confirma planos de introdução de novas sanções contra Rússia

© AP Photo / Markus SchreiberThe Reichstag building, house of German parliament Bundestag in Berlin
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O presidente do comitê da política externa do Bundestag (parlamento alemão), Norbert Roettgen, disse que a Alemanha está realmente pronta a introduzir novas sanções contra a Rússia devido à situação na Síria.

Roettgen expressou a certeza, em entrevista ao jornal  Süddeutsche Zeitung, de que Moscou deve ser responsabilizada pelos acontecimentos na Síria. 

“A ausência de consequências e sanções em resposta aos crimes de guerra gravíssimos seria um escândalo”, disse o deputado da União Cristã-Democrata (CDU, na sigla em alemão). 

Além disso, Roettgen criticou duramente outros governos europeus que “não desejam chamar as coisas pelos seus nomes” e não tomam medidas necessárias em relação à Rússia. 

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Anteriormente o jornal The Wall Street Journal, alegando uma fonte próxima ao gabinete de ministros de Angela Merkel, escreveu que o governo da Alemanha discute a possibilidade de introdução de novas sanções contra a Rússia como resposta à política de Moscou na Síria. 

Entretanto o responsável do governo alemão para a cooperação entre a Alemanha e a Rússia, Gernot Erler, disse, em entrevista ao portal de notícias do canal televisivo ZDFheute.de, que já tem as primeiras reflexões sobre o tema.

O chanceler russo Sergei Lavrov comentando o assunto de possíveis sanções contra a Rússia por causa da Síria manifestou a esperança de que vença o bom senso e não as tentativas de acusar Moscou de todos os pecados. O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov disse que o Kremlin não vê razões para introdução de restrições porque a Rússia é o único Estado cujas Forças Armadas estão na Síria em condições legítimas. 

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No verão de 2014 Berlim aderiu às sanções europeias, introduzidas na sequência dos acontecimentos na Ucrânia. O Ocidente faz depender o levantamento das sanções do cumprimento dos acordos de Minsk, que visam regularizar a situação em Donbass. 

Segundo os acordos, Kiev devia até o fim de 2015 realizar uma reforma constitucional que, entre outros aspetos, previa um estatuto especial para algumas áreas (controladas pelas milícias) das regiões de Donetsk e de Lugansk. Porém, as autoridades ucranianas não cumpriram esta parte do documento.  O Kremlin considera a ligação entre as sanções e o cumprimento dos acordos de Minsk como absurda, uma vez que a Rússia não faz parte do conflito e não é sujeito dos acordos sobre a regularização da situação na Ucrânia.

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