Pressão política pode fazer fragmentar países dos Bálcãs

© AP Photo / Radivoje PavicicMulher bósnia passa diante de um cartaz alusivo ao referendo na República Sérvia, 21 de setembro de 2016
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Ações de Sarajevo podem provocar a saída da República Sérvia da Bósnia e Herzegovina, pensa o gabinete do presidente dessa entidade política.

O presidente da entidade política República Sérvia (também conhecida como Republika Srpska, que não deve ser confundida com a República da Sérvia, cuja capital é Belgrado) foi chamado para um interrogatório por causa de inobservância de uma decisão do Tribunal Constitucional da Bósnia e Herzegovina.

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Essa decisão muito polémica proíbe a realização do referendo na entidade política República Sérvia sobre a data do Dia de Independência da Bósnia e Herzegovina. A outra entidade política da Bósnia e Herzegovina, que se chama Federação da Bósnia e Herzegovina (tem a capital em Sarajevo), festeja o Dia da Independência em 1 de março (nesse dia em 1992 teve lugar o referendo sobre a independência do país, que se realizou a despeito da vontade do povo sérvio). Por isso a entidade República Sérvia quer mudar a data do Dia da Independência, mas a Comissão Europeia considera tal manifestação de vontade política como uma ameaça à integridade da Bósnia e Herzegovina.

Em opinião de Milorad Dodik, o presidente da entidade política República Sérvia, este ruído por causa de sua detenção mostra que na entidade da Federação da Bósnia e Herzegovina "há mais de 100 grupos que representam uma ameaça terrorista", mas as autoridades não prestam atenção a isto.

Numa entrevista à Sputnik Sérvia o conselheiro do presidente da entidade RS Aleksandar Vranjes disse que não é a primeira vez que a procuradoria-geral do país tenta criar obstáculos à atividade política de Dodik, ele está sempre pronto a cooperar com promotores, mas com os da sua própria entidade política (da República Sérvia).

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Vranjes lembrou que a entidade RS planejava realizar no ano passado outro referendo sobre as competências do tribunal-geral e da procuradoria-geral (segundo o Acordo de Dayton, as entidades devem resolver por si mesmas as questões ligadas à atividade dos tribunais e promotorias).

É uma situação muito paradoxal – a procuradoria-geral do país, que surgiu contrariamente ao Acordo de Dayton, tenta julgar Dodik por ter alegadamente violado esse Acordo.

Ontem, Milorad Dodik declarou que se a pressão política sobre a entidade RS continuar sendo exercida, eles vão realizar outro referendo que será dedicado ao sistema judicial do país, e no próximo ano até mesmo à saída da República Sérvia da Bósnia e Herzegovina.

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