Ao mesmo tempo, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, lembrou às autoridades ucranianas que é necessário cumprir as suas promessas em relação à implementação de reformas económicas e políticas na Ucrânia. Caso contrário, a UE pode levantar as sanções contra a Rússia, de acordo com ele.
"Ambos os eventos indicam que Washington admite o fato que seu 'projeto ucraniano' fracassou, e que o presidente Poroshenko deve ser salvado", disse Vinogradov.
Ele salientou que as próprias autoridades ucranianas não estão dispostas a acabar a guerra, que se tornou um bom meio para justificar as falhas do desenvolvimento pacífico do país.
"O ministro das relações exteriores da Alemanha Steinmeier e seu homólogo francês Ayrault também dão a entender que se a Ucrânia não cumprir os requisitos políticos dos acordos de Minsk, não será instalado o regime sem vistos [entre a Ucrânia e a União Europeia]", acrescentou Vinogradov.
Referindo-se à "Lei da estabilidade e democracia na Ucrânia", que permite a Kiev receber armas letais, Vinogradov disse que "tendo em conta agora ser claro que Kiev é culpado de a guerra se ter transformado num conflito prolongado, os Estados Unidos querem radicalizar a situação".Enquanto isso, os EUA sabem bem que estão perdendo o seu aliado — a Europa — que não quer prolongar nem a guerra nem as sanções, disse o cientista político, acrescentando que o problema ucraniano agrava os desacordos entre a UE e os EUA.
Para a UE, especialmente para a França e a Alemanha, a guerra prolongada na Ucrânia já se tornou num dos problemas internos dos países, de acordo com Vinogradov, que apontou que os governos francês e alemão estão tentando justificar a sua "direção errada" porque os eleitores estão muito preocupados.
No que toca ao vice-presidente dos EUA, Joe Biden, ele enfrenta atualmente um momento-chave, porque a Ucrânia sofre de corrupção, da ausência de reformas e da agonia econômica, disse Vinogradov, acrescentando que, se as sanções anti-russas forem levantadas, Poroshenko e Biden se tornarão perdedores.
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