Suécia recomendada a aderir à OTAN para não deixar à Rússia 'alugar' Gotlândia

© flickr.com / Catarina BergPanorama da ilha sueca de Gotlândia
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Na semana passada a Suécia publicou mais um relatório que defende a adesão à OTAN. Os políticos locais acharam que o documento é "melhor que todos os anteriores".

O relatório fala sobre ameaças falsas da Rússia concluindo que a OTAN "oferece mais vantagens". Ao mesmo tempo à Suécia foi recomendado manter distância de seu vizinho, a Finlândia.

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Suécia flerta com OTAN e exercícios militares previstos visam conter 'ameaça' russa
De acordo com o relatório feito pelo embaixador Krister Bringéus, ex-chefe da delegação sueca na OSCE, a Suécia poderá se tornar o primeiro país a ser atacado pela Rússia em caso de uma eventual guerra no mar Báltico. Segundo o documento, como a Suécia é incapaz de se defender, é melhor que o país adira à OTAN.

O ponto crucial do relatório publicado pelo jornal sueco Dagens Nyheter é o seguinte:

"O efeito mais sensível da adesão à OTAN será o desaparecimento das incertezas existentes sobre como a crise no Báltico se irá desenvolver. Ao mesmo tempo, a capacidade do Ocidente de conter o conflito deverá aumentar."

O relatório enfatiza que a confrontação entre a Rússia e o Ocidente mudou da Europa Central para a região do Báltico, o que deixa a Suécia bastante vulnerável. A Rússia é considerada "o único país próximo à Suécia que pode realizar uma agressão militar contra países vizinhos", tomando em conta sua imprevisibilidade, desejo de abalar a OTAN e aspiração à guerra híbrida, diz o relatório.

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Suécia não considera Rússia uma ameaça imediata mas prefere OTAN
Simultaneamente, o embaixador indica que a Suécia poderá sofrer danos colaterais no caso de um possível conflito entre a Rússia e qualquer um dos Países Bálticos, considerados como os pontos mais fracos da OTAN. Embora Bringéus ache pouco provável esse cenário, na realidade os riscos seriam gravíssimos.

Atualmente vários especialistas suecos creem que a Suécia não é um alvo da Rússia enquanto o país for parte integrante da aliança militar. Mas o ex-presidente do Instituto da Defesa Karlis Neretnieks publicou uma teoria, de acordo com a qual a Rússia poderá tentar "alugar" a ilha sueca de Gotlândia a fim de lá instalar unidades de defesa antiaérea para o caso de eventual conflito militar com a OTAN nos Países Bálticos. Além disso, opina o embaixador, a Rússia poderá evitar com que Gotlândia se torne uma plataforma dos EUA na agressão contra o país.

O relatório indica que as Forças Armadas suecas dependem muito de outros países, especialmente no caso de emergência, e diz que a adesão o país à OTAN é a alternativa preferível para a Suécia. De acordo com Bringéus, a integração do país na aliança militar poderá dar garantias de defesa mútua e facilitar exportações militares.
Apesar disso, segundo o relatório, o ministro da Defesa da Suécia Peter Hultqvist e a ministra das Relações Exteriores Margot Wallstrom deixaram claro que o país não considera a adesão à OTAN como opção.

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