'Portugal falha combate aos incêndios devido aos cortes nas despesas do Estado'

© AFP 2023 / PATRICIA DE MELO MOREIRACasa destruída pelo incêndio em Funchal, Madeira, Portugal, agosto de 2016
Casa destruída pelo incêndio em Funchal, Madeira, Portugal, agosto de 2016 - Sputnik Brasil
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No último mês Portugal enfrentou um grave desafio: os incêndios florestais na ilha de Madeira, bem como no norte de Portugal continental. Mais de um mil pessoas foram evacuadas das zonas afetadas, 6 pessoas morreram. Por que razão Portugal falhou o combate aos incêndios este ano, embora este problema se repita anualmente?

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Para circunscrever os incêndios, foram disponibilizados cerca de 4,2 mil bombeiros e 30 aviões e helicópteros, inclusive vindos da Itália, Espanha, Marrocos e Rússia para prestar apoio, informou o World Socialist Web Site (WSWS).

Segundo os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, neste ano foram destruídos em Portugal mais de 116 mil hectares de floresta. Desde 1980 o número de incêndios florestais aumentou no país de 3 mil para 20 mil por ano. 

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O WSWS opina que a culpa da incapacidade de Portugal de tratar eficazmente do problema é do governo, que toma medidas de austeridade, reduzindo as despesas sociais, inclusive as que asseguram a prevenção de incêndios florestais. Em 2014 Portugal gastou em prevenção de incêndios florestais só 20 milhões de euros. Conforme o plano nacional de 2005, Portugal deve ter 500 equipas de bombeiros para combater os incêndios, enquanto o número atual é somente de 283.

O governo socialista português, na opinião do WSWS, não quer ver a verdadeira razão do problema, culpando os incendiários e as mudanças do clima.

O site lembra que o presidente da Associação Nacional de Bombeiros de Portugal (ANBP), Fernando Curto, já havia acusado o governo de ser incapaz de "se focar na prevenção", acrescentando que os bombeiros portugueses trabalham muito ganham somente 1,87 euros por hora.

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