Segundo as informações do Der Spiegel, o lado turco está disposto a permitir a visita se o governo alemão anule a resolução tomada pelo Bungestag (Parlamento alemão) de reconhecimento do genocídio de armênios pelo Império Otomano.
"Podemos viver com o fato de o Bundestag ter aprovado essa decisão. Mas o governo alemão deve dar a entender que o termo genocídio não tem valor legal", comentou um alto funcionário turco.
O Ministério do Exterior alemão tenta freneticamente encontrar uma solução que permita a todas as partes "salvar a face", observa o Der Spiegel.
Durante uma visita à Turquia realizada nesta semana, Michael Roth, ministro da Alemanha para os assuntos da União Europeia, disse que na resolução do Bundestag também se aponta para a responsabilidade do Império Alemão, que na época colaborava com Constantinopla, pelos massacres em massa dos armênios. O documento, segundo ele, não está dirigido contra as atuais autoridades turcas, mas se trata apenas da admissão da culpa dos alemães.Ancara não está satisfeita com esta declaração, escreve o Der Spiegel: ela exige que o governo alemão faça a declaração ao alto nível — a nível de chanceler ou de ministro das Relações Exteriores.
Em 2 de junho, o parlamento da Alemanha aprovou uma resolução que reconhece como genocídio o massacre dos armênios, realizado em 1915 e 1916, pelo Império Otomano. A resolução foi aprovada pela maioria dos deputados, tendo apenas um deputado votado contra e um se abstido. O debate foi iniciado a pedido da maioria parlamentar governista e do partido Os Verdes, que apresentou seu projeto de resolução sob o título de "Memorial do genocídio dos armênios e outras minorias cristãs nos anos de 1915 e 1916".A Turquia não quer categoricamente reconhecer como "genocídio" o massacre de armênios, durante o qual centenas de milhares de armênios perderam a vida entre 1915 e 1917. Segundo a versão oficial turca, eles foram vítimas da Primeira Guerra Mundial.
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