Forte demanda e déficit de oferta fazem disparar preço de paládio a nível histórico

O preço do paládio, que nos últimos meses tem aumentado de forma constante, quebrou nesta semana um máximo histórico, atingindo US$ 2.900 (R$ 15,8 mil) por onça, enquanto a demanda deste metal na indústria automóvel não para de crescer.

O paládio atingiu valores recorde devido às expectativas de um déficit mais profundo no mercado geradas pela escassez da oferta e pela recuperação da demanda por parte dos fabricantes de automóveis.

De acordo com Bloomberg, os preços deste metal raro aumentaram 20% desde meados de março, fazendo com que o valor por onça de paládio se situe em US$ 2.859 (R$ 15,6 mil).

Normas ambientais mais rigorosas forçaram os fabricantes de automóveis a aumentar as compras do metal que é usado nos dispositivos de controle da poluição dos veículos. O paládio é um componente habitual dos catalisadores destinados a controlar as emissões de escape através da redução da toxicidade dos gases poluentes.

Motor de carro elétrico em fábrica na Alemanha. O paládio é usado na produção de carros que emitem menos gases causadores do efeito estufa

© AP Photo / Sebastian Gollnow

Em parte, o aumento dos preços também se deve à redução da produção deste metal neste ano pela empresa russa Nornickel, por causa de inundações nas minas, em mais de meio milhão de onças, ou seja, cerca de 5% do abastecimento mundial, informa Reuters.

Atualmente, mais de 80% da produção de paládio provém da extração de níquel na Rússia e da extração de platina na África do Sul.

No início do mês foi informado que o preço de irídio, um metal precioso e muito raro extraído como subproduto da platina e paládio, superou a taxa de crescimento do bitcoin, aumentando desde início de janeiro em 131%.