Sanções em meio a pandemia: discordância de abordagens entre UE e EUA?

© AP Photo / Alex BrandonTrump mostra a ordem executiva assinada que aumenta sanções contra o Irã, 24 de junho
Trump mostra a ordem executiva assinada que aumenta sanções contra o Irã, 24 de junho - Sputnik Brasil
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Enquanto a União Europeia defende o direito de países sancionados de receber ajuda humanitária, os EUA não estão dispostos a fazer o mesmo, opina especialista.

O representante da União Europeia para a Política Exterior, Josep Borrell, destacou que as sanções não devem frear ou prejudicar o envio de ajuda humanitária, ainda menos quando os países sancionados enfrentam atualmente a pandemia do coronavírus. Apesar disso, para fornecer itens médiсos ao Irã, a União Europeia precisou desenvolver um mecanismo comercial para evitar as sanções dos Estados Unidos.

O analista político Mustafa Toussa, consultado pela Sputnik Árabe, opina que a UE está se movendo em direção ao levantamento de sanções durante a pandemia.

"A UE considera que as sanções impedem a ajuda humanitária e o apoio à população desse Estado. Portanto, as sanções deveriam ao menos serem congeladas para ajudar todos os Estados a fazer frente à propagação da doença", disse o especialista.

Enquanto isso, a Administração Trump prefere obstruir a remoção de sanções.

"A visão europeia das sanções em condições de proliferação do coronavírus é fundamentalmente diferente da dos Estados Unidos. Trump quer utilizar as sanções em meio à pandemia como um fator de pressão adicional sobre países com regimes não desejados por Washington. Os Estados Unidos estão aproveitando o problema para alcançar seus próprios objetivos", salienta Mustafa Toussa.

A União Europeia e Estados Unidos, tradicionais aliados ocidentais, divergem cada vez mais quanto ao rumo do sistema internacional. O bloco europeu declarou que não impedirá a luta global contra o coronavírus aplicando sanções.

Em 31 de março, para evitar as sanções norte-americanas, França, Alemanha e Reino Unido confirmaram oficialmente a conclusão da sua primeira transação com o mecanismo comercial INSTEX com o Irã, exportando bens médicos para o país do Oriente Médio.

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