Fator coronavírus diferencia crise atual do crash de 2008, afirma analista

© AP Photo / Ng Han GuanBolsa de Valores de Pequim
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Após a enorme queda nas bolsas de valores de todo o mundo nesta segunda-feira (9), o que espera os investidores? Nos aproximamos de uma nova crise financeira?

Há uma "enorme diferença qualitativa" entre a situação atual e a crise financeira de 2008. No caso atual, podemos observar um efeito exterior, o coronavírus, que impacta os mercados, enquanto a crise que eclodiu após 2007 foi "endógena", provocada pelo estado geral do sistema financeiro, explica à Sputnik Alemanha Folker Hellmeyer, analista da Solven Invest GmbH.

A preciosa experiência chinesa

"Neste momento, esta crise exógena nos leva a uma forma de reavaliação, ninguém sabe o que fazer quanto à COVID-19, falta informação sobre a questão. No entanto, já temos a experiência adquirida na China. De fato, após a crise, que se agravou por aproximadamente seis semanas, as tensões se reduziram. Podemos constatar este fato comparando o número de pessoas contaminadas e o de curadas. Isto sem dúvida pode ser feito no resto do mundo", comenta Hellmeyer.

Naturalmente, para o analista, isso demandará tempo. Caso nos próximos sete dias haja um aumento do número de pacientes curados, o mercado reagirá.

Hellmeyer acha que o momento atual é propício para a entrada de novos investidores no mercado, pois, durante momentos de incerteza, toda e qualquer informação pode provocar mudanças colossais, valorizando ou desvalorizando ativos.

"O surto do coronavírus não representa o fim do mundo", conclui o analista.

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