Japão apresenta nova queixa na OMC contra Coreia do Sul

© AP Photo / Fabrice CoffriniEntrada para a sede da OMC em Genebra, Suiça (foto de arquivo)
Entrada para a sede da OMC em Genebra, Suiça (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O Japão lançou hoje uma segunda queixa na Organização Mundial do Comércio contra o apoio do governo sul-coreano à sua indústria de construção naval, intensificando a disputa entre os dois países no setor.

No documento distribuído a outros países nesta segunda-feira, ao qual a Reuters teve acesso, a parte japonesa explicou que reclamou com a Coreia do Sul no último dia 31 por medidas relacionadas ao desenvolvimento, produção, comercialização e vendas de embarcações comerciais. 

​Os dois principais aliados dos EUA na Ásia se encontram envolvidos em uma delicada disputa política e econômica que remete à primeira metade do século XX, quando cidadãos sul-coreanos foram forçados a trabalhar em fábricas japonesas, destaca a agência.

Nos últimos anos, empresas de construção naval e de transporte da Coreia do Sul passaram por uma reestruturação maciça, em meio a uma desaceleração da demanda global e à crescente concorrência chinesa. No entanto, os japoneses acusam Seul de oferecer empréstimos com custos abaixo do mercado para seus produtores, garantias de reembolso pouco razoáveis comercialmente e subsídios injustos para embarcações que cumprem com as normas ambientais, entre outras coisas.

Essa queixa se soma a outra apresentada por Tóquio em novembro de 2018, também por conta de medidas adotadas pelo governo sul-coreano para ajudar as construtoras nacionais. 

​Japão inicia segunda queixa na OMC por apoio coreano a construtores de navios.

Após a nova reclamação, Japão e Coreia do Sul têm agora dois meses para realizar consultas a fim de resolver a disputa. Caso não cheguem a um acordo, Tóquio poderá pedir à OMC para decidir sobre o tema.

De acordo com a Reuters, na disputa mais ampla, o Japão irritou a Coreia do Sul com um plano de "normalizar" os procedimentos comerciais, efetivamente restringindo as exportações para o país vizinho e erguendo uma barreira que poderia interromper o fornecimento global de semicondutores.

Esse fato se seguiu a uma decisão de 2018 em que um tribunal sul-coreano decidiu que empresas japonesas deveriam pagar indenizações aos cidadãos sul-coreanos obrigados a trabalhar em fábricas japonesas durante a ocupação da península coreana pelo Japão entre os anos de 1910 e 1945, escreve a agência.

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