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Veto inesperado da Áustria pode atrasar acordo UE-Mercosul em 20 anos

© REUTERS / Laszlo BaloghArame farpado em frente à bandeira da União Europeia.
Arame farpado em frente à bandeira da União Europeia. - Sputnik Brasil
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O Parlamento da Áustria jogou um balde de água fria na expectativa da ratificação do acordo entre União Europeia e Mercosul com sua decisão de aprovar uma moção para que a iniciativa seja rejeitada.

Com a decisão dos parlamentares austríacos, o governo local será obrigado a se opor ao acordo entre os dois blocos no Conselho Europeu. Como a aprovação depende da concordância unânime de todos os Parlamentos dos 28 Estados-membros do bloco, a decisão coloca em risco o projeto.

Negociado por mais 20 anos, o acordo de livre comércio foi divulgado como trunfo político durante a cúpula do G20 no Japão.

Para Carlo Barbieri, analista político e presidente da empresa de consultoria financeira Oxford Group, o veto da Áustria é inesperado.

"Em termos de importância internacional, é relevante esse veto porque parte de um país que não estava na área interessada, como a Alemanha, ou na área que não tinha nenhum interesse, como a França", diz Barbieri à Sputnik Brasil.

O analista afirma que países de "agricultura subsidiada", como França e Espanha, são opositores esperados ao projeto porque "não teriam condições de competir com os países do Mercosul e o Brasil em particular" na produção agrícola. Enquanto isso, a Alemanha e sua forte exportação de produtos manufaturados está no time favorável à ratificação do acordo.

"Levou 20 anos para chegar a um acordo, talvez tome outros 20 anos para chegar a um consenso se haverá acordo ou não", diz o consultor. 

Ainda de acordo com Barbieri, o efeito da letargia e da possível não aprovação do acordo entre Mercosul e União Europeia será uma aproximação dos países do bloco latino-americano, e do Brasil em particular, com os Estados Unidos. 

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