Em seu artigo para o jornal diário turco Sabah, o analista Baris Ergin lembrou que nos últimos tempos vários países, incluindo a Rússia, a China, a Turquia e o Irã, estão reduzindo suas reservas denominadas em dólares.
O objetivo desses países é claro – eles querem reduzir sua dependência da divisa estadunidense em resposta às ameaças de sanções por parte de Washington. Por exemplo, em um ano Moscou e Ancara venderam quase todos os seus títulos do Tesouro dos EUA.
Euro e yuan: possíveis alternativas ao dólar
O analista sublinhou que, enquanto vários países estão se livrando dos investimentos em dólares, o volume de euros e yuans chineses nas reservas internacionais está crescendo em alguns países.
Por exemplo, apenas em um ano, de abril de 2018 a abril de 2019, o Banco Central russo vendeu cerca de 87% dos seus títulos do Tesouro dos EUA. O valor dos títulos vendidos atinge 84 bilhões de dólares (R$ 327 bilhões). Ao mesmo tempo, as cotas-partes do euro e da moeda chinesa atingiram seu máximo histórico.
Posições do dólar estão enfraquecendo
Segundo o Fundo Monetário Internacional, se compararmos os dados dos dois últimos trimestres de 2018, é evidente que a cota-parte do dólar estadunidense nas reservas internacionais globais sofreu a maior queda, enquanto as do euro, iene japonês e yuan chinês mostraram o maior crescimento.
No total, no fim de 2018 a cota-parte do dólar nas reservas internacionais globais era de 61,7%, enquanto em 2001 era de 73%, sublinhou Ergin.
Regresso ao padrão ouro?
Outra alternativa à hegemonia do dólar é o ouro. Em meio a restrições comerciais e ameaças de sanções por parte de Washington, a China e a Rússia estão comprando ativamente ouro.
Segundo os dados do Conselho Mundial do Ouro (WGC, na sigla em inglês), nos últimos meses se observa a maior demanda pelo metal preciso por parte de bancos centrais desde 2013.
O Banco Central russo lidera a lista dos maiores compradores de ouro, enquanto a China também aumenta suas reservas de metal preciso a níveis recorde.
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