Segundo o recente estudo da agência Bloomberg, trata-se de títulos emitidos pelas autoridades municipais das províncias chinesas, ou melhor, por suas subsidiárias que atuam como emissores de títulos de dívida formais. Essas empresas se chamam veículos de financiamento dos governos locais (LGFV na sigla em inglês) e servem para financiar os projetos dos governos municipais.
Como sublinhou a Bloomberg, as autoridades chinesas não estão interessadas em incumprimentos dos LGFV, porque isso teria um impacto negativo no rating de crédito soberano da China e levaria ao aumento do custo do crédito no terceiro maior mercado de dívida do mundo. Isso, por sua vez, travaria o crescimento econômico e afetaria os acionistas de empresas chinesas em todo o mundo.
Ao mesmo tempo, muitos analistas acreditam que Pequim não permitirá o incumprimento de obrigações municipais apesar da crescente incidência de inadimplência de títulos corporativos. Em 2018, os investidores perderam 17,8 bilhões de dólares neste domínio e 2,2 bilhões de dólares já no início de 2019.