Que influência terão sanções americanas na cooperação entre Pequim e Moscou?

© Sputnik / Agência Fotohost / Acessar o banco de imagensPresidente russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping durante o encontro bilateral em Kremlin, Moscou, Rússia, maio de 2015
Presidente russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping durante o encontro bilateral em Kremlin, Moscou, Rússia, maio de 2015 - Sputnik Brasil
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As sanções norte-americanas introduzidas contra a China não influirão nas relações entre Pequim e Moscou na esfera da cooperação técnico-militar, mas são um fundamento sério para elaborar medidas de resistência às tentativas de Washington de prejudicar as exportações militares russas, declarou à Sputnik o especialista Igor Korotchenko.

Uma alta autoridade da administração norte-americana disse que os EUA tinham introduzido sanções contra os funcionários do Departamento de Desenvolvimento de Equipamentos da China e acrescentaram 33 pessoas e entidades russas, inclusive a empresa russa Rosoboronexport, à sua lista negra dos setores de Defesa e Inteligência da Rússia.

A razão das sanções é a compra pela China de dez caças Sukhoi Su-35 4++ e sistemas de mísseis terra-ar S-400 à Rússia.

"Do ponto de vista prático, considero que essas sanções não atingirão o desejo da China de manter a cooperação técnico-militar com a Rússia e até de comprar outros novos tipos de armas russas. Tanto os S-400, como o Su-35 são sistemas não apenas capazes de concorrer com as armas americanas, mas as superam significativamente em muitos parâmetros", disse ao serviço russo da Rádio Sputnik o editor-chefe da revista Defesa Nacional, Igor Korotchenko.

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Segundo ele, a China é um país independente. Os ataques dos EUA a Pequim farão apenas com que a China entre em conflito com os EUA em todas as direções.

Os contratos referentes aos S-400 e Su-35 estão na fase final e serão concluídos em breve, explicou Korotchenko.

O especialista supôs que os EUA esperavam que, depois da introdução das sanções, uma série de países parasse a cooperação com a Rússia na esfera militar.

Obviamente, é um sinal sério para que Moscou analise a situação e elabore uma política de resistência a tais decisões dos EUA, disse o analista, acrescentando que a Rússia deve reforçar o apoio analítico e informacional da sua exportação militar, ou seja, acreditar apenas em sua própria informação analítica.

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Ele ressaltou que agora os especialistas militares russos e a imprensa internacional se orientam principalmente pelas avaliações da exportação dadas pelo SIPRI (Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo), o serviço de pesquisa da biblioteca do Congresso dos EUA e o Instituto de Pesquisas Estratégicas de Londres, que muitas vezes não são imparciais, sendo até hostis.

As tensões comerciais entre a China e os EUA aumentaram acentuadamente em março, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou as novas tarifas de importação sobre o aço e alumínio. Os EUA estão descontentes com o balanço comercial entre os dois países, visto que, segundo as avaliações de Washington, a China supera os EUA em 500 bilhões de dólares.

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