'Bitcoin pode cair para 1.000 dólares em abril ou maio', prevê analista financeiro

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Na terça-feira (6) o preço do bitcoin caiu 13%, após ter desvalorizado 15% na segunda-feira (5), atingindo seu valor mínimo desde novembro. A queda ocorreu depois de os maiores bancos dos EUA proibirem seus clientes de comprar moedas digitais usando cartões de crédito.

A Sputnik Internacional falou com o analista da empresa de investimentos Finam, Leonid Delitsin, sobre o futuro do bitcoin.

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Analista explica por que queda do bitcoin pode trazer vantagens
Para o analista, no futuro próximo o valor do bitcoin continuaria caindo, porque "sua subida desde o outono de 2017 baseou-se na crença de que ele continuaria crescendo indefinidamente". Agora, as pessoas veem que seu preço está se reduzindo, eles olham para o futuro e entendem que essa desvalorização vai continuar.

"Isso significa que seu valor não vai aumentar e todas as pessoas que compraram bitcoins na esperança de se tornarem ricas em dois ou três meses entendem que isso não vai acontecer. Para aqueles que planejavam ganhar muito dinheiro rapidamente, não há razão para possuir bitcoins", explicou Delitsin.

Segundo ele, se há um ano o preço do bitcoin fosse de 1.000 dólares (R$ 3.300), haveria mesmo assim investidores que acreditavam no brilhante futuro digital do bitcoin e que essa criptomoeda se tornaria um novo instrumento para realizar pagamentos e transações transparentes. 

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Bitcoin, bananacoin e putincoin: febre do ouro da era digital
Ao contrário das pessoas que apenas queriam ganhar dinheiro, esses investidores não venderam bitcoins.

"Os que querem se tornar ricos vão continuar vendendo bitcoins e, por isso, considero que o preço do bitcoin pode cair para 1.000 dólares (R$ 3.300) em abril ou maio", declarou o analista.

Entretanto, o colapso do bitcoin não levará ao desaparecimento do mercado de criptomoedas. Para o especialista, a tecnologia blockchain (tecnologia de banco de dados distribuído), na qual o bitcoin se baseia, pode ser usada em diferentes indústrias. Entretanto, Delitsin sublinha que o blockchain tem concorrentes porque não é o único instrumento que permite realizar operações de forma mais rápida e segura.

"Em minha opinião, o mercado de criptomoedas sobreviverá e continuará se desenvolvendo e crescendo ao seu próprio ritmo, mas, possivelmente, não tão rápido como esperávamos no ano passado", concluiu ele.

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