Nova Rota da Seda chinesa deve inspirar integração na América Latina

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A Nova Rota da Seda que foi lançada pelo governo da China com o objetivo de desenvolver uma maior integração entre a Ásia, Europa e África deveria "inspirar" também a América Latina para acelerar seus próprios processos de integração, disse o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

"A [nova] Rota da Seda é uma iniciativa impressionante para integrar os países asiáticos e outras regiões do mundo, deveria inspirar-nos também para acelerar nossos próprios processos de integração e converter-nos em uma plataforma regional. É uma meta que podemos alcançar", disse Moreno na sessão de abertura da XI Cúpula China-América Latina e Caribe (China-LAC) de negócios que se realiza em Punta del Este, sudeste do Uruguai.

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A aproximação do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da Aliança do Pacífico deve "dar forças à região para conseguir fazer isso", acrescentou ele.

Ao mesmo tempo, o economista lembrou que a China já é o parceiro principal de países latino-americanos tão importantes como o Brasil, Chile, Peru e Uruguai e o segundo de muitos outros da região, "intercâmbios que continuarão crescendo à medida que nossas sociedades prosperem", disse ele.

"Na turnê que realizou o líder chinês [Xi Jinping] no ano passado, foi proposta a meta para os fluxos comerciais entre a China e América Latina superarem os 500 bilhões de dólares (R$ 1,629 trilhões) em 2015, uma meta ambiciosa que devemos tomar como um grande incentivo especialmente hoje em dia, quando em outras capitais se fala de construir muros e proteger mercados", disse ele.

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O vice-presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT na sigla em inglês), Chen Zhou, declarou, por sua vez, que o intercâmbio econômico entre a China e América Latina mostra uma tendência satisfatória e Pequim "já se posiciona como segundo parceiro comercial da região".

A cúpula de negócios China-América Latina e Caribe serve para fortalecer os laços entre ambas as regiões, afirmou o presidente do BID. O evento, uma iniciativa incluída no Plano de Cooperação com a América Latina 2015-2019 impulsado pela China a pedido da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, reúne 500 empresas chinesas, latino-americanas e caribenhas de diferentes setores e indústrias.

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