Que resposta pode dar Moscou às novas sanções dos EUA?

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O portal Business Insider explicou como as sanções norte-americanas contra a Rússia podem prejudicar o fornecimento de energia à União Europeia.

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, agitam as mãos antes de suas conversações em Moscou, Rússia, quarta-feira, 12 de abril de 2017. As conversas de Tillerson em Moscou dependem da nova alavancagem dos EUA sobre a Síria. - Sputnik Brasil
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De acordo com o portal Business Insider, se a Rússia adotar novas medidas de resposta contra os EUA, a melhor opção para o fazer é através da limitação do fornecimento de energia, especialmente para a Europa.

No artigo são apresentados dados estatísticos sobre a importação europeia de gás e petróleo. Segundo os dados, a UE importa mais de metade da energia consumida. Há países da UE que são dependentes da importação de energia mais do que outros. Por exemplo, a França, a terceira economia da UE, importa cerca de 45% da energia consumida, enquanto a Alemanha, a maior economia da UE, importa mais de 60% de gás e petróleo que consome. 

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Na Europa de Leste, a dependência de importação é mais alta. A Hungria, a Áustria e a Eslováquia importam cerca de 65% da energia que gastam, a Lituânia – 75%, a Letônia – 45%. "A maior parte dessa energia é fornecida pela Rússia", sublinham os autores do artigo.

"Na verdade a Rússia é responsável por mais de 70% dos fornecimentos de petróleo e gás consumidos na Bulgária, na Lituânia, na Letônia, na Eslováquia, na Hungria e na Finlândia. Ela fornece 62% do gás natural e 56% do petróleo consumidos na República Tcheca e 53% do gás e 90% do petróleo consumidos na Polônia", lê-se no artigo.

A Rússia conhece estes dados e tenta aproveitar-se da situação através da pressão econômica sobre os países que podem constituir uma ameaça para ela, explicam os autores. 

É por isso que os países da UE têm diferentes políticas externas. Por exemplo, a França, que recebe a maioria do gás e petróleo da África e do Oriente Médio, pode se permitir ter uma política mais agressiva em relação a Moscou, enquanto a Alemanha não pode fazer isso, porque recebe da Rússia mais de metade do gás natural e 35% do petróleo.

"Neste contexto, Berlim tem de manter um equilíbrio cauteloso entre o seu maior benfeitor na área da segurança, os EUA, e o seu maior fornecedor da energia, a Rússia", acrescentam os autores do artigo.

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No fim de julho, o Congresso adotou novas sanções contra a Rússia, a Coreia do Norte e o Irã, que foram assinadas por Donald Trump em 2 de agosto. O documento inclui uma série de medidas restritivas em relação à economia russa e às empresas europeias que cooperem com Moscou nos grandes projetos relacionados com a exportação de hidrocarbonetos russos. Mais do que isso, o documento visa claramente o projeto do gasoduto  Nord Stream 2 (Corrente do Norte  2), com origem na Rússia.

As sanções foram criticadas na UE. Por exemplo, a ministra alemã da economia, Brigitte Zypries, chamou a nova lei de "violação do direito internacional". Os empresários europeus, por sua vez, apelaram aos chefes de Estado e de governo da UE, da Rússia e dos EUA para "separarem a política dos negócios".

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