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Especialista explica como banco do BRICS incentivará inovações em países da Ásia-Pacífico

© Sputnik / Fotohost BRICS/OCS / Acessar o banco de imagensMoedas comemorativas da Cúpula dos BRICS em Ufa, Rússia em 2015
Moedas comemorativas da Cúpula dos BRICS em Ufa, Rússia em 2015 - Sputnik Brasil
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Países de diferentes tamanhos e níveis de desenvolvimento vão aderir ao Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS até o ano de 2021, ampliando a geografia da entidade financeira até todas as regiões do mundo, porém, o processo se efetuará em várias etapas, frisa o documento estratégico para os próximos 5 anos aprovado em 30 de junho.

A respectiva estratégia foi adotada em 30 de junho, traçando as perspectivas de desenvolvimento para o período entre 2017 e 2021.

"O Novo Banco de Desenvolvimento foi criado como uma instituição financeira de desenvolvimento global e, para o ano de 2021, a composição da entidade vai refletir esta visão. Em determinada altura, países com diferentes níveis de desenvolvimento e tamanho vão integrar o bloco, ampliando seu âmbito até todas as regiões do mundo de uma maneira equilibrada", frisa o documento.

Além disso, o banco vai se ampliar de modo gradual para não criar uma pressão excessiva sobre o mecanismo de funcionamento e tomada de decisões. Acredita-se que os novos países-membros ajudem a aumentar o papel do banco no palco internacional, a diversificar sua carteira de crédito, a reforçar seu ranking e a elevar sua base de capitais e capacidades financeiras.

Em expectativa, o volume conjunto dos créditos para o ano de 2021 atingirá 44,5 bilhões de dólares no âmbito de um cenário otimista e 32 bilhões num cenário "conservador".

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Em uma conversa com o serviço russo da Rádio Sputnik, o vice-chefe do Centro dos EUA, Canadá e América Latina, Dmitry Burykh, revelou o que há que esperar deste novo formato e como se realizarão os projetos conjuntos de infraestrutura.

"Tomemos em conta que os países-fundadores do banco têm seus próprios interesses econômicos e nacionais. Acredito que, em primeiro lugar, será isso que vai determinar as decisões dos gerentes do Banco de Desenvolvimento e os países escolhidos para novos projetos de infraestrutura terão a ver, prioritariamente, com a região da Ásia-Pacífico, América Latina e África", contou o especialista.

Vale destacar que a sede da entidade fica em Xangai, sendo que o patamar extremo do capital é de 100 bilhões de dólares. Entretanto, o documento recém-mencionado afirma que sucursais regionais do banco serão inauguradas em outros países do bloco, primeiro em Joanesburgo (África do Sul) e depois no Brasil.

"É um banco jovem que, de fato, iniciou seu trabalho operacional apenas na primavera de 2016, mas mesmo durante este ano que passou a pasta de investimentos atingiu uma meta suficiente", afirmou Burykh, respondendo à pergunta sobre a causa da falta de tais sucursais atualmente.

O especialista também destacou que o presidente do Brasil, Michel Temer, manifestou seu empenho na cooperação no âmbito do banco no decorrer de sua recente visita a Moscou.

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Burykh também especificou como é que funcionará o mecanismo da realização dos projetos:

"O Novo Banco de Desenvolvimento é muito claro ao determinar que estes projetos terão a ver com tais estruturas-chave como a infraestrutura, a energia e a economia verde. […] A parte interessada em receber um determinado valor de investimentos apresenta uma solicitação propriamente preparada ao banco, este o examina e, se baseando na decisão do Conselho Executivo, o qual integra todos os países-fundadores, toma a decisão a respeito da alocação dos meios", detalhou.

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