Possibilidade de sistemas antimísseis Patriot estarem associados à OTAN gera conflito na Suécia

© AP Photo / Mindaugas KulbisMilitares norte-americanos perto do sistema de defesa antimíssil Patriot
Militares norte-americanos perto do sistema de defesa antimíssil Patriot - Sputnik Brasil, 1920, 08.07.2021
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Uma proposta dos EUA de associar o recém-adquirido sistema de defesa antiaérea Patriot da Suécia à OTAN gerou um debate político no país.

O comandante do Exército dos EUA para Europa e África, Christopher Cavoli, foi o autor da proposta durante sua recente visita ao regimento de defesa antiaérea em Halmstad, que recebeu o novo sistema.

"O fato de que a Suécia adquiriu o Patriot fornece a oportunidade para, se a Suécia o desejar, juntar-se à comunidade de exércitos que também possuem o Patriot e têm a capacidade de estabelecer uma rede de sistemas de defesa. Esta é uma oportunidade muito poderosa", afirmou Cavoli ao jornal Dagens Nyheter.

Uma rede como esta poderia incluir membros da OTAN como Alemanha, Polônia e Países Baixos, bem como os militares norte-americanos, o que forneceria à Suécia benefícios como informação de radar mais completa sobre ameaças aéreas e mísseis balísticos disparados.

Tanto o general norte-americano como o chefe do Estado-Maior da Suécia, Karl Engelbrektson, afirmaram que a opção de se conectar à rede de Patriot é puramente uma decisão política sueca.

O presidente do comitê de defesa parlamentar, Pal Jonson, do liberal-conservador Partido Moderado, afirmou que o assunto ainda não foi discutido formalmente, mas os moderados são fortemente a favor da associação dos sistemas Patriot com a região do mar Báltico.

"É um passo natural quando nós adquirimos o Patriot, e deve ser visto no âmbito de a política de defesa sueca ser baseada na segurança em colaboração com outros países. Também é um importante interesse da Suécia proteger a ligação transatlântica e aprofundar a cooperação de defesa com os EUA", explicou.

Contudo, os democratas conservadores da Suécia, que foram contra a aquisição dos sistemas norte-americanos, reagiram contra esta perspectiva.

"Eu digo um sonoro não. Nós não recebemos qualquer informação ou análise das consequências. Quem vai controlar isso, são os países da OTAN que vão decidir quando nós vamos usar nossos sistemas? Se ocorrer um conflito entre as superpotências, nós correríamos o risco de sermos automaticamente envolvidos na guerra. Isso é algo que o governo está fazendo", afirmou o porta-voz para a defesa do Partido dos Democratas sueco, Roger Richthoff.

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