Força Aérea dos EUA teria grandes planos para novo míssil balístico intercontinental

© AFP 2023 / BRENDAN SMIALOWSKIUm míssil nuclear ICBM Titan II desativado é visto em um silo no Missile Museum Titan. 12 de maio, 2015, Green Valley, Arizona
Um míssil nuclear ICBM Titan II desativado é visto em um silo no Missile Museum Titan. 12 de maio, 2015, Green Valley, Arizona - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2021
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Expressivo aumento no orçamento do Pentágono para 2022 oferece uma grande parte dos recursos para acelerar o desenvolvimento do novo ICBM da Força Aérea, o Dissuasor Estratégico Baseado no Solo.

O orçamento de Pesquisa, Desenvolvimento, Teste e Avaliação do Pentágono para 2022 aumenta em um total de US$ 3 bilhões (mais de R$ 15 bilhões) em relação ao ano passado, uma grande parte do qual está especificamente programada para acelerar o desenvolvimento do novo míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) da Força Aérea, o Dissuasor Estratégico Baseado no Solo (GBSD, em inglês).

Em meio a todos os debates, preocupações, comentários e divergências sobre o orçamento que provavelmente vão chamar a atenção nos próximos meses, há pouca ambiguidade sobre o aumento do financiamento para a modernização das armas nucleares.

A apresentação do orçamento para 2022 inclui apoio substancial para os submarinos de mísseis balísticos com armas nucleares da classe Columbia, bombardeiros B-21 com armas nucleares e substituição de ICBMs.

Segundo o National Interest, há um claro consenso de que o ICBM Minuteman III da década de 1960 precisa há muito tempo de substituição, apesar dos numerosos esforços de sustentação e atualizações ao longo dos anos.

Uma grande parte do orçamento destina-se especificamente à engenharia, manufatura e desenvolvimento do GBSD, um foco significativo, dado que o novo ICBM está sendo construído especificamente para acomodar atualizações de software, visando melhorias e aprimoramentos de confiabilidade.

© AFP 2023 / Clayton Wear / Força Aérea dos EUAEsta foto da Força Aérea dos EUA mostra um míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado sendo lançado durante um teste de desenvolvimento, em 5 de fevereiro de 2020, na Base da Força Aérea de Vandenberg, Califórnia
Força Aérea dos EUA teria grandes planos para novo míssil balístico intercontinental - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2021
Esta foto da Força Aérea dos EUA mostra um míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado sendo lançado durante um teste de desenvolvimento, em 5 de fevereiro de 2020, na Base da Força Aérea de Vandenberg, Califórnia

No entanto, o compromisso do Pentágono com o GBSD e a tríade nuclear em geral parece sólido e significativo em vários aspectos importantes. A revisão nuclear do novo governo ainda não começou, e debates ainda circulam na colina do Capitólio sobre o escopo estratégico e o foco da postura do Pentágono em relação às armas nucleares.

Alguns pediram a eliminação do GBSD, pedindo mais atualizações para o Minuteman III, e alguns até argumentaram a favor da eliminação da parte terrestre da tríade. Esse argumento, embora seja improvável que reúna quantidades substanciais de apoio, está causando preocupação devido ao ritmo com que a Rússia e a China estão construindo novos ICBMs, segundo mídia.

Também continua havendo um debate significativo sobre as perspectivas de armas nucleares táticas de baixo rendimento, e a Marinha parece estar tentando cancelar seu programa planejado de mísseis de cruzeiro para lançamento de submarinos.

Os defensores das armas argumentam que a presença de armas de baixo rendimento contribui maciçamente e melhora a postura de dissuasão estratégica dos EUA. O orçamento também apoia a continuação do desenvolvimento das armas de afastamento de longo alcance, ou LRSO, um míssil de cruzeiro lançado do ar com capacidade dupla, nuclear e convencional.

Devido ao fato de ter sido projetado para usos nuclear e convencional, alguns críticos levantaram a preocupação de que um inimigo sob ataque possa confundir um ataque de míssil de cruzeiro convencional com um nuclear, provocando assim uma resposta nuclear, algo que provavelmente aumentará e introduzirá uma quantidade massiva de perigo.

No entanto, segundo especialistas a existência de uma arma nuclear de longo alcance lançada do ar como esta poderia ser essencial para uma postura de dissuasão no caso de as defesas aéreas avançadas impossibilitarem operações mais próximas das aeronaves.

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