China enfrenta desafios para ultrapassar problema crônico de seus caças, diz mídia

© AP Photo / Kin CheungCaças J-20 da Força Aérea do Exército Popular de Libertação
Caças J-20 da Força Aérea do Exército Popular de Libertação - Sputnik Brasil, 1920, 07.06.2021
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O caça J-20, de quinta geração, pode vir a ser o mais importante da China, justamente por ser mais do que apenas um caça furtivo.

O gigante asiático enviou duas de suas melhores aeronaves para a fronteira do país nos Himalaias, em 2020, onde ocorreu uma disputa com a Índia.

Apesar de a implantação ter sido consideravelmente pequena para demonstrar uma estratégia significativa, a ação teria mostrado a importância que a China atribui a esta aeronave, além de enviar uma mensagem para Taiwan, Japão e EUA.

Contudo, de acordo com o portal Business Insider, o caça J-20, assim como todas as aeronaves chinesas, tem sido prejudicado pela falta de motores a jato eficientes e duráveis, de alto desempenho, ressaltando que Pequim está trabalhando duro para corrigir este problema.

Um exemplo deste problema crônico é o motor WS-10A, projetado pelos chineses, que falha a cada 30 horas de uso.

Para o especialista da Rand Corporation Timothy Heath, as tecnologias de ponta "são muito complexas de produzir e, por isso, poucos países conseguem obter êxito.

A China utiliza a engenharia reversa para desenvolver suas aeronaves e motores. Entretanto, mesmo que o motor possa ser copiado, seus segredos de produção não saem da fábrica do país de origem, indica o portal.

Ciente disso, a empresa estatal Aviation Industry Corp. of China (AVIC, na sigla em inglês) classificou o desenvolvimento de motores domésticos como "uma tarefa política urgente", ressaltando que o país está enfrentando um "desafio sem precedentes".

Apesar das dificuldades, os chineses têm feito alguns progressos, como é o caso da última versão do WS-10. Além disso, fontes chinesas afirmam que o WS-15, um motor especialmente projetado para o J-20, deve ser concluído em "um ou dois anos".

Mesmo com os avanços, os chineses enfrentam desafios como a complexidade dos materiais e o processo de metalurgia, bem como os custos de aquisição e manutenção dos conhecimentos científicos e de fabricação, para além da relutância de outros países em ajudar a China nesta área.

Para desenvolver equipamentos complexos é preciso uma combinação perfeita de pessoas, tecnologias e capacidades, afirma Heath.

Por sua vez, um pesquisador chinês afirmou que "todos os elementos podem ser alcançados somente através de investimento a longo prazo e desenvolvimento incremental".

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