Almirante reforça 'temor e paranoia' dos EUA ao ponderar nova era de aniquilação nuclear

© AFP 2023 / BRENDAN SMIALOWSKIUm míssil nuclear ICBM Titan II desativado é visto em um silo no Missile Museum Titan. 12 de maio, 2015, Green Valley, Arizona
Um míssil nuclear ICBM Titan II desativado é visto em um silo no Missile Museum Titan. 12 de maio, 2015, Green Valley, Arizona - Sputnik Brasil, 1920, 10.05.2021
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O almirante da Marinha norte-americana, Charles A. Richard, comandante da STRATCOM, afirmou que "adoraria o dia em que eu poderia relatar que não precisamos de um Comando Estratégico dos EUA".

Apesar da declaração "bondosa", Richard é encarregado da maior força de armas nucleares do mundo, já tendo afirmado que a dissuasão estratégica é a missão mais importante do Pentágono e destacado que os EUA possuem duas concorrentes estratégicas ao mesmo tempo: a China e a Rússia.

Richard afirmou recentemente que gostaria de ver uma redução do papel das armas nucleares por parte de EUA, Rússia e China, e que, inclusive, gostaria de dar um ramo de oliveira às concorrentes, reforçando a necessidade do diálogo, segundo o Asian Times.

"Mesmo durante a Guerra Fria, por mais tenso que tenha sido em certos momentos, nós conversamos o tempo todo [...]", afirmou o almirante, ressaltando que o diálogo aberto pode reduzir o nível de ameaça e trazer benefícios a todos.

Contudo, o almirante também ressalta que a dissuasão nuclear norte-americana é feita de maneira confiável, segura e eficaz, para proteger não apenas os EUA, mas também seus aliados, já que, segundo ele, a China e a Rússia são dois países que estão se fortalecendo rapidamente e, consequentemente, representam uma grande ameaça.

Sendo "vítimas de suas próprias circunstâncias", os EUA reforçam a necessidade de elevar sua tríade nuclear de defesa aérea, terrestre e marítima.

Além da paranoia habitual, os EUA agora passam a considerar China e Rússia ameaças nucleares imprevisíveis ao Ocidente, escreve mídia.

Criticando, apontando culpados, "mocinhos e bandidos", e "desejo de dialogar", Richard reforça que apoiava a revisão estratégica nuclear dos EUA, mas, em tom crítico, afirma que tanto a força nuclear como a infraestrutura norte-americana seguem desmoronando.

Desmoronando ou não, o "mocinho" Pentágono pretende reconstruir todas as suas três pernas da tríade nuclear simultaneamente, para combater todos os "malfeitores" que "assombram" o mundo.

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