Turquia prioriza produção de caça doméstico TF-X após deixar programa F-35

CC BY-SA 4.0 / JohnNewton8 / Maquete do TF-X das Indústrias Aeroespaciais Turcas, Exposição Aérea de Paris, 2019
Maquete do TF-X das Indústrias Aeroespaciais Turcas, Exposição Aérea de Paris, 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 05.05.2021
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Enquanto os EUA tentam exportar o caça F-35, o seu elevado custo segue sendo o maior obstáculo, fazendo com que diversos países tentem desenvolver e construir suas próprias aeronaves.

Após as indústrias de defesa turcas perderem US$ 1,4 bilhão (R$ 7,6 bilhões) em contratos devido a Washington ter retirado a Turquia do programa F-35, o chefe de aquisições militares turco prometeu priorizar a produção do caça doméstico TF-X para substituir os F-35.

A Turquia foi retirada do programa F-35 pelo Congresso dos EUA no ano passado, após o país se recusar a cancelar uma compra de sistemas de defesa aérea S-400 Triumph de fabricação russa.

Ismail Demir, chefe da Presidência das Indústrias de Defesa da Turquia, anunciou a opção pelo caça nacional no dia 30 de abril durante uma entrevista, segundo o portal Defense News.

Três dias antes, Temel Kotil, diretor das Indústrias Aeroespaciais da Turquia (TAI, na sigla em inglês), afirmou que o governo turco "reservou um adicional de US$ 1,3 bilhão (R$ 7 bilhões) para a fase 1 do programa TF-X, ressaltando que 6.000 engenheiros estavam trabalhando no projeto.

"Minha [prioridade máxima] é o programa TF-X. Isso definitivamente deve ser feito", afirmou Kotil.

A TAI espera que a aeronave, um análogo do F-35, voe pela primeira vez em 2025 ou 2026.

Em março, Kotil estimou que o custo da nova aeronave fosse similar ao do caça F-35, ficando em torno de US$ 100 milhões (R$ 544 milhões) por unidade. Além disso, ele espera que a TAI produza duas aeronaves por mês.

A TAI revelou um modelo do TF-X em um evento aéreo em Paris, em 2019. O caça turco terá uma grande semelhança com o F-35 em termos de alcance, peso máximo de decolagem e potência de empuxo do motor, contudo deve ser mais veloz que o caça dos EUA, sendo capaz de atingir uma velocidade de Mach 2.

A Turquia foi retirada pelo Congresso norte-americano do programa F-35 no ano passado, depois de se recusar a cancelar a compra dos sistemas de defesa aérea russos S-400. Os líderes da defesa norte-americana temiam que a operação conjunta do avançado sistema de mísseis russo e dos F-35 revelasse as fraquezas dos caças furtivos dos EUA, que poderiam ser exploradas pela Rússia e outros países que usam os S-400, como a China.

Esperava-se que a Turquia comprasse 100 caças F-35, tendo já recebido oito, embora ficassem armazenados nos aeródromos norte-americanos, onde os pilotos turcos iniciaram o treinamento de voo.

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