EUA 'inventam' capacidades para 'empurrar' caças F-35 à Europa, diz especialista

© AP Photo / Rick BowmerCaça F-35 da Força Aérea dos Estados Unidos, foto de arquivo
Caça F-35 da Força Aérea dos Estados Unidos, foto de arquivo - Sputnik Brasil, 1920, 03.05.2021
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Os EUA estão exagerando deliberadamente as vantagens de seus caças de quinta geração F-35 com o objetivo de vendê-los à Europa, segundo o analista militar Viktor Litovkin, consultado pela mídia iReactor.

O portal norte-americano The National Interest publicou recentemente diversos artigos elogiando as capacidades do caça F-35, ressaltando também a necessidade de que os países europeus têm de comprá-los caso queiram enfrentar potenciais inimigos, tais como a Rússia.

De acordo com especialistas, a Rússia possui armas de defesa antiaérea formidáveis, como o S-400, S-300, S-350, Pantsir-S1 e Tor-M1.

Estes sistemas funcionam em conjunto, compensando os pontos fracos de cada um. Em breve, a Rússia lançará o S-500, que reforçará ainda mais a defesa antimísseis escalonada do país.

Neste contexto, os norte-americanos promovem a ideia de que é muito difícil para os países ocidentais conseguir a superioridade aérea, pois a Rússia poderia enfrentar as aeronaves de quarta geração, e por isso os países da OTAN precisariam dos caças F-35 de quinta geração.

"Considerar absoluta qualquer arma única é uma loucura que não faz sentido [...] A guerra moderna é multidimensional. Envolve não apenas aviões, como também forças terrestres, espaciais, de mísseis estratégicos, de guerra eletrônica, veículos blindados, etc. Há muitos ramos e tropas que participam nas operações de combate", explicou Viktor Litovkin, analista militar e coronel na reserva russo.

Além disso, o especialista observou que os próprios F-35 são caças muito fracos e com muitas deficiências.

"Quanto ao artigo [do The National Interest], é apenas uma tentativa de aumentar o interesse no F-35. É um avião fracassado, que é produzido e entregue às tropas com grandes deficiências. Por isso, os EUA tentam exportar estes aviões ao estrangeiro, porém não aposta nele para suas próprias tropas", afirmou.

Litovkin ressaltou que os caças norte-americanos requerem consideráveis investimentos e atualizações posteriores. E é precisamente por isso que os norte-americanos promovem a ideia de "se desfazerem" dessas aeronaves.

"É preciso modernizá-lo, é preciso consertá-lo. Deve se alocar certos fundos para isso. Para conseguir esses fundos, The National Interest promove e sugere que os países da OTAN comprem mais F-35 [...] É parte da pressão sobre seus vassalos europeus para que gastem seu dinheiro em armamento norte-americano para reforçar e apoiar o complexo militar-industrial dos EUA", concluiu.

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