Recentemente, o Pentágono publicou mais um documento de estratégia. Um dos seus objetivos é suplantar a Rússia e a China do Extremo Norte, escreve o colunista e analista militar da Sputnik Nikolai Protopopov.
A nova estratégia dos EUA indica que Moscou tenciona defender o seu direito relativamente ao Extremo Norte, uma vez que o país possui lá vastos territórios. A China também é apontada como um rival de Washington porque, apesar de não ter territórios nesta região, ela busca obter acesso aos recursos naturais e às rotas marítimas do Ártico.
Segundo dados estatísticos, o Ártico contém 13% das reservas mundiais de petróleo (90 bilhões de barris) e um terço das reservas globais de gás natural (47 trilhões de metros cúbicos). Não é de admirar que Washington se importe tanto com esta região.
O Pentágono pretende introduzir um novo método de treinamento militar em territórios com temperaturas negativas. Além disso, os EUA planejam adquirir equipamento militar capaz de operar nestas condições de frio extremo.
A estratégia abarca ainda a criação de um agrupamento operacional multidomínio, que incluirá unidades da Força Aérea e da Marinha. A missão deste agrupamento será combater em cinco ambientes – terra, ar, mar, espaço e ciberespaço.
Adicionalmente deverá ser implantada uma rede de postos de comando móvel e rede de transponders terrestres, a fim de melhorar as comunicações via satélite da região. Por fim, será acelerado o desenvolvimento de drones capazes suportar as condições climáticas adversas da região.
Contudo, o colunista opina que, apesar desta estratégica, será difícil para os americanos competir com a Rússia, visto que ela já tem infraestrutura pronta na região ártica.

Por exemplo, na Terra de Francisco José e nas ilhas de Novossibirsk foram construídos os complexos únicos Severny Klever (Trevo do Norte) e Arktichesky Trilistnik (Trifólio Ártico). Neste último 150 militares podem viver autonomamente por até um ano e meio. A primeira base possui uma usina elétrica, estação de purificação de água e um sistema de esgoto. A segunda opera de forma similar, mas tem capacidade para 250 militares.
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