Investigação de 'ataques' a destróieres dos EUA por drones em 2019 gera ainda mais questões

© Foto / Marinha dos EUA / MC3 Maria G. LlanosO destróier de mísseis guiados USS William P. Lawrence (DDG 110) e o Navio-Escola (NE) Brasil (U27) conduzem exercício de passagem (PASSEX) no mar do Caribe
O destróier de mísseis guiados USS William P. Lawrence (DDG 110) e o Navio-Escola (NE) Brasil (U27) conduzem exercício de passagem (PASSEX) no mar do Caribe - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2021
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O portal The Drive realizou sua própria investigação de encontros de navios de guerra norte-americanos com drones não identificados em julho de 2019.

Em julho de 2019 ocorreu uma série de eventos estranhos nas ilhas do Canal perto da California, EUA. Ao longo de vários dias, grupos de aeronaves não identificadas, que a Marinha dos EUA chama apenas de drones ou veículos aéreos não tripulados (VANT), perseguiram navios desse serviço norte-americano, o que levou a uma grande investigação de alto nível.

Foi reportado que, durante os encontros noturnos, até seis aeronaves voaram perto dos navios ao mesmo tempo. Os drones permaneceram no ar durante períodos longos em condições de baixa visibilidade, realizando manobras descaradas sobre os navios de combate da Marinha dos EUA perto de um campo de treinamento militar sensível a menos de 160 km da cidade de Los Angeles.

Elementos da Marinha, Guarda Costeira e Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) participaram da investigação.

O portal The Drive realizou sua própria investigação, descobrindo que esses eventos foram muito mais extensos do que se entendia anteriormente.

Usando dados da posição do destróier USS Kidd como ponto de partida, os jornalistas identificaram os vários navios que estavam perto durante os eventos investigados, inclusive os destróieres USS Rafael Peralta, USS Russell, USS John Finn e USS Paul Hamilton da Marinha norte-americana.

As solicitações de registros dos navios, feitas sob a Lei de Liberdade de Informação (FOIA, na sigla em inglês), permitiram reconstruir um retrato composto dos eventos em conjunto.

Os incidentes teriam começado quando o navio USS Kidd avistou dois VANT às 22h00 locais em 14 de julho de 2019. A sequência de eventos foi registrada detalhadamente no diário do navio.

Segundo o diário de bordo de um dos destróieres, o drone conseguiu atingir a velocidade igual à do navio de 16 nós a fim de manter a posição suspensa sobre a plataforma de pouso de helicópteros do navio. O VANT operou em condições de baixa visibilidade e de noite. Os diários dos destróieres USS Rafael Peralta e USS John Finn também registraram a atividade de drones.

© Foto / 7ª Frota da Marinha dos EUAUSS John Finn 10 de março de 2021
Investigação de 'ataques' a destróieres dos EUA por drones em 2019 gera ainda mais questões - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2021
USS John Finn 10 de março de 2021

Outra grande série de incursões ocorreu na noite seguinte, em 15 de julho de 2019. O navio USS Rafael Peralta foi o primeiro a encontrar vários VANT e ativar o sistema SNOOPIE, que registra todos os contatos desconhecidos. O destróieres USS Kidd e USS Russell também registraram a atividade de drones.

Apesar da duração do evento de quase três horas, nenhum dos navios de guerra envolvidos teria conseguido identificar os drones. Em contraste com a primeira noite, o segundo conjunto de encontros ocorreu mais perto da costa.

Investigação

A investigação formal foi iniciada imediatamente. Na manhã de 18 de julho, a Guarda Costeira começou a solicitar atualizações das informações relativas aos navios envolvidos nos eventos.

Analisando os documentos solicitados sob a FOAI, foi concluído que a investigação oficial inicial não identificou a origem dos drones. A investigação do portal continua.

Outros eventos ocorreram durante as primeiras horas de 25 e 30 de julho de 2019, já durante a investigação em curso.

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