Especialistas do Ministério da Defesa alemão alertam sobre uma ameaça crescente representada por reivindicações de poder e novas capacidades militares da China e da Rússia em um documento interno que o jornal Welt am Sonntag teve acesso.
O objetivo de Pequim, de acordo com este relatório, é "assegurar o desenvolvimento econômico e moldar a ordem internacional de acordo com seus próprios interesses". Moscou, por sua vez, buscaria a "desestabilização e o enfraquecimento da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]".
Os autores do documento também frisam que "a China cada vez mais supera a Rússia em termos de influência global, inclusive quando se trata de venda de armas e cooperação militar".

A China tem dois milhões de soldados, cerca de 6.850 tanques e 1.600 aeronaves de combate, além de capacidades nucleares em constante expansão. Pequim conta também com o maior arsenal de mísseis convencionais do mundo, que inclui mísseis hipersônicos com alcance de até 2.500 quilômetros.
Mas o Ministério da Defesa alemão estaria particularmente preocupado com os mísseis de longo alcance, "hipersônicos, de alta precisão e difíceis de interceptar" da Rússia, bem como com os grandes investimentos em capacidades para uma resposta em forma de ataque nuclear a partir do mar e a modernização prioritária do potencial de armas nucleares.

O documento indica que Moscou tem cerca de 6.375 ogivas nucleares e cerca de 840 mil soldados bem treinados que podem ser rapidamente realocados. Entre os pontos fracos, o Ministério alemão apontou as capacidades navais comparativamente limitadas da Rússia e a escassez de drones de combate.
Em 3 de fevereiro entrou em vigor a prorrogação do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START) por cinco anos. O Tratado confirma os compromissos de Moscou e de Washington de cumprir suas obrigações de desarmamento no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).
No ano passado, a China recusou a proposta dos EUA de entrar em um tratado trilateral de controle de armas junto com a Rússia, alegando que seu arsenal nuclear está longe de ser equivalente ao de Washington e Moscou.
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