"Em 3 de fevereiro de 2021, o MRE da Rússia e a embaixada dos EUA em Moscou intercambiaram as notas diplomáticas em relação ao cumprimento de proceduras interinas requeridas para entrada em vigor do Tratado e assim estender o Tratado de Redução e Limitação Prolongada de Armas Estratégicas (Novo START) de 8 de abril de 2010. Respectivamente, este tratado entrou em vigor no mesmo dia", anunciou o ministério em comunicado oficial.
O ministério notou que "o Tratado permanecerá em vigor exatamente como foi celebrado, sem quaisquer emendas ou adições, até 5 de fevereiro de 2026".
"A conversa telefônica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, em 26 de janeiro de 2021, se tornou a chave para este desenvolvimento acontecer", disse.
Recentemente, o Kremlin anunciou que o presidente Putin assinou o documento estendendo o Novo START para cinco anos. A Rússia espera que a extensão do tratado ajude a ultrapassar a tendência da dissolução dos mecanismos de controle de armas.
Segundo o ministério russo, esforços significativos serão necessários para reiniciar o diálogo russo-americano na área "de volta a uma trajetória mais estável, alcançar novos resultados substanciais que fortaleçam nossa segurança nacional e a estabilidade estratégica global".
"A Rússia está pronta para fazer sua parte. Nós instamos os EUA a aplicarem uma abordagem responsável semelhante e responderem a nossas iniciativas na maneira construtiva", anunciou o ministério.
Redução das ameaças da China
Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que os EUA pretendem, durante a extensão dos cinco anos, discutir com a Rússia o controle de armamentos que engloba todo seu armamento nuclear.
"Hoje, os Estados Unidos deram o primeiro passo rumo ao cumprimento deste compromisso quando estenderam o tratado Novo START com a Federação da Rússia para cinco anos", segundo o comunicado emitido pelo Departamento do Estado.
Os Estados Unidos tencionam conseguir que o controle de armamentos diminua as ameaças do potencial nuclear chinês, declarou nesta quarta-feira (3) Antony Blinken.
"Nós também vamos tentar que o controle de armamentos reduza as ameaças do lado do moderno e crescente potencial nuclear da China. Os EUA são adeptos de um controle eficiente dos armamentos, que fortalece a estabilidade, transparência e previsibilidade e, ao mesmo tempo, reduz os riscos de uma dispendiosa e perigosa corrida armamentista", diz o comunicado.
Reação da OTAN
A Aliança Atlântica, por sua vez, saudou a extensão do tratado Novo START pela Rússia e EUA, anunciando considerar que ele promove a estabilidade internacional, segundo o comunicado da OTAN emitido nesta quarta-feira (3).
"A OTAN aceita com satisfação e suporta totalmente o compromisso entre os Estados Unidos e a Rússia destinado à extensão do tratado Novo START por cinco anos. Os aliados da OTAN consideram que o tratado contribui para a estabilidade internacional", diz o documento.
O tratado prevê que cada lado vai reduzir seus arsenais nucleares de tal maneira que em sete anos e no futuro, o número total de armamento não ultrapasse 700 mísseis balísticos intercontinentais, mísseis balísticos em submarinos e bombardeiros pesados, tanto como 1.550 ogivas e 800 sistemas de propulsão implantados e não implantados. O tratado foi definido para expirar em 5 de fevereiro de 2021.
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