Pentágono quer testar míssil que teria matado general Soleimani em ambiente do Ártico, diz relatório

CC BY 2.0 / Marines / Helicóptero e navio norte-americanos durante exercícios junto à costa do Havaí (foto de arquivo)
Helicóptero e navio norte-americanos durante exercícios junto à costa do Havaí (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Relatório do Escritório do Diretor de Testes e Avaliação (ODT&E, na sigla em inglês) do Pentágono revelou que o míssil conjunto ar-terra (JAGM, na sigla em inglês) AGM-179A, a arma que, segundo alegações da mídia dos EUA, foi usada para matar Qassem Soleimani, será testado em condições do Ártico.

O relatório de 310 páginas para o ano fiscal de 2020 aborda uma grande variedade de programas de defesa e sistemas de armas do Exército, Marinha e Força Aérea.

A seção do documento que relata sobre o JAGM aponta que a arma "excedeu o desempenho de tiro em 87 disparos de teste" e garante o alcance e desempenho superiores contra uma variedade de alvos, incluindo veículos, pessoal, bunkers e edifícios, em comparação com os sistemas antigos.

O Exército completou a avaliação do míssil em maio de 2019, cerca de seis meses antes do ataque fatal contra o major-general iraniano Qassem Soleimani, comandante da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, que ocorreu no aeroporto de Bagdá em janeiro de 2020.

A Marinha dos EUA começou a testar o míssil a bordo de helicópteros de ataque AH-1Z Viper no final de 2019, mas erros de software nos helicópteros obrigaram a que os testes fossem adiados para mais tarde neste ano. Helicópteros AH-1Z do Corpo de Fuzileiros americano tiveram o mesmo problema. O atraso impediu que estes mísseis fossem produzidos em grande escala.

© Foto / Lockheed MartinApresentação artística do Míssil Conjunto Ar–Terra (JAGM, na sigla em inglês), da empresa Lockheed Martin
Pentágono quer testar míssil que teria matado general Soleimani em ambiente do Ártico, diz relatório - Sputnik Brasil
Apresentação artística do Míssil Conjunto Ar–Terra (JAGM, na sigla em inglês), da empresa Lockheed Martin

O relatório preconiza que a Marinha "conclua os testes de interoperabilidade e cibersegurança do JAGM utilizado pelo AH-1Z", afirmando que "as falhas encontradas nos ensaios de fogo real" devem ser corrigidas. Além disso, o documento recomenda a realização de testes de voo dos mísseis no Ártico "para avaliar os efeitos de temperaturas prolongadas de frio extremo".

"JAGM já completou testes ambientais em uma câmara, mas não foi testado em voo em ambientes de frio extremo. Testes de voo em um ambiente ártico operacionalmente representativo, como o Alasca, podem apresentar limitações de desempenho que não são possíveis em ambiente de câmara estática", aponta o relatório.

O ODT&E não especificou por que motivo são necessários ensaios no Ártico. No entanto, na semana passada Kenneth Braithwaite, secretário da Marinha dos EUA, revelou que os norte-americanos vão começar a conduzir patrulhamentos regulares ao largo da costa russa do Ártico para evitar o "avanço de Moscou no Extremo Norte".

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