Na quinta-feira (17), o presidente russo Vladimir Putin, durante a grande coletiva de imprensa, afirmou que o sistema de defesa antiaérea dos EUA não é um obstáculo para as novas armas russas, inclusive para o complexo de mísseis Avangard que consegue atingir uma velocidade superior a 20 Mach, ou seja, uma velocidade 20 vezes superior à do som (24.500 km/h).
"Sabe-se que, para destruir um alvo com sucesso, o antimíssil deve ser apontado para um ponto proativo, ou seja, é preciso calcular a trajetória do alvo e depois apontar o míssil para este ponto. No caso do Avangard, uma manobra de um míssil antiaéreo atrás de um alvo [Avangard] é impossível por uma razão simples, a velocidade [do Avangard] é extremamente alta. O alvo zarpa a uma velocidade de vários quilômetros por segundo, portanto, qualquer manobra ocasiona cargas transversais que nenhum míssil pode suportar", explicou Murakhovsky, membro do conselho de especialistas da Comissão Militar-Industrial da Rússia.

O especialista destacou outra avançada arma russa que também é capaz de romper a defesa antiaérea dos EUA – o míssil de cruzeiro de propulsão nuclear com alcance ilimitado Burevestnik.
"É impossível desenvolver um sistema de defesa antiaérea que consiga cobrir todas as direções, ou melhor, teoricamente é possível, mas para isso nem dez orçamentos militares dos EUA seriam suficientes. As rotas do Burevestnik são criadas de modo a conseguir contornar todas as áreas [onde se localizam] as defesas antiaéreas. Para proteger todo o seu território, os americanos precisariam criar um campo de radar ininterrupto em baixas altitudes e sistemas de defesa antiaérea que consigam dar conta de todas as direções", ressaltou.
Ao mesmo tempo, Murakhovsky observou que a Rússia não teria que gastar muito dinheiro em armas avançadas, uma vez que todos estes sistemas foram originalmente projetados não para atacar, mas, sim, para retaliação inexorável.
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